Covid-19: Mortalidade em Portugal com tendência decrescente e abaixo do limiar europeu

30 de Julho 2022

A covid-19 em Portugal mantém uma incidência muito elevada, embora com tendência decrescente, e a mortalidade pela doença tende igualmente a diminuir e está abaixo do limiar europeu, refere hoje o relatório semanal de monitorização da situação epidemiológica.

O relatório, elaborado por técnicos da Direção-Geral da Saúde e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, recomenda a manutenção das medidas de proteção individual (como o uso de máscaras), a vacinação de reforço e a “comunicação frequente destas medidas à população”.

Segundo o documento, que data de quarta-feira e é divulgado semanalmente todas as sextas, o número de novos casos de infeção por 100 mil habitantes, acumulado nos últimos sete dias, foi de 284 casos, com tendência decrescente a nível nacional e em todas as regiões, exceto nos Açores, que apresentou uma tendência estável.

O índice de transmissibilidade (Rt) é inferior a 1 em todo o país, indicando “uma tendência decrescente de novos casos”.

A mortalidade específica por covid-19 situa-se em 17,7 óbitos em 14 dias por um milhão de habitantes, com uma “tendência decrescente”, mas está associada em parte a um excesso de mortalidade por todas as causas face aos valores esperados para a época do ano.

“Este valor é inferior ao limiar de 20 óbitos em 14 dias por 1.000.000 habitantes, definido pelo Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC)”, indica o documento

Na semana passada, aa mortalidade por covid-19 estava nos 23,5 óbitos a 14 dias por um milhão de habitantes, um indicador que tem vindo a baixar nas últimas semanas, mas que ainda se encontrava há um largo período num valor superior ao limiar do ECDC.

O relatório revela que o número de internamentos hospitares em unidades de cuidados intensivos no território continental tende a estar estável, “correspondendo a 21,2% do valor crítico definido de 255 camas ocupadas”.

O rácio entre o número de pessoas internadas e infetadas foi de 0,20, “indicando uma menor gravidade da infeção, à semelhança do observado desde o início de 2022”.

A linhagem BA.5 da variante Ómicron do coronavírus SARS-CoV-2 (que causa a covid-19) “continua a ser claramente dominante” em Portugal, apresentando “uma maior capacidade de transmissão, a qual é potencialmente mediada por mutações [genéticas] adicionais com impacto na entrada do vírus nas células humanas e/ou pela sua capacidade de evasão à resposta imunitária”.

A covid-19 é uma doença respiratória que se tornou numa pandemia em 11 de março de 2020, depois de o SARS-CoV-2, detetado em finais de 2019 na China, se ter disseminado rapidamente pelo mundo.

LUSA/HN

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