“Há muitos fenómenos diferentes, e eu, sem desvalorizar as dificuldades causadas pela falta de medicamentos, também não quero deixar de dizer que todos os medicamentos essenciais estão ao dispor dos doentes nas farmácias portuguesas”, afirmou Manuel Pizarro em declarações à agência Lusa, à margem das comemorações do Dia do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), que este ano comemora o seu 123.º aniversário.
Segundo o governante, o problema da falta de alguns medicamentos nas farmácias não é exclusivo de Portugal, existindo “um pouco por toda a Europa”.
“Felizmente temos, em todos os casos, alternativas. Claro que é incómodo para o doente e é incómodo para o profissional de saúde a troca de um medicamento por outro, mas não estamos a falar de nenhuma falta que ponha em perigo a vida ou a saúde das pessoas”, salientou.
Manuel Pizarro adiantou que estão a trabalhar com a indústria farmacêutica, com a distribuição, as farmácias e com o Infarmed para criarem “alternativas que, pelo menos, mitiguem o número e a frequência destas faltas”.
O governante disse ainda à Lusa esperar que se consiga “arranjar um modelo em que, sem qualquer aumento de custos para o consumidor, e sem aumento de custos para o Estado”, se possa “acertar o preço dos medicamentos, revalorizando os que têm um preço mais barato e, naturalmente, corrigindo em baixa os medicamentos que são mais caros, alguns dos quais são mesmo muito caros”.
Nos últimos dias, a imprensa tem noticiado a falta de medicamentos nas farmácias, sobretudo para hipertensão e diabetes.
LUSA/HN
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