No protesto, que juntou partidos políticos e diversos sindicatos, os manifestantes gritaram palavras de ordem contra “os cortes e as privatizações”, defendendo “o serviço público de saúde” e culpando o governo regional de Madrid, liderado por Isabel Díaz Ayuso (do Partido Popular), pela situação “precária” do setor.
“A saúde pública que eles (a Comunidade de Madrid) reivindicam não é saúde, nem é pública. Não é saúde porque, na verdade, é um negócio, (…) e não é público porque está parasitado”, argumentou Carmen Esbrí, porta-voz do MEDSAP, citada pelas agências internacionais.
Esbrí explicou que abrir pontos de cuidados continuados “sem profissionais de saúde” é como “abrir um aeroporto sem aviões”.
“Como podemos ter unidades básicas com carências, com poucas equipas? Como seremos capazes de cuidar dos nossos idosos e das nossas crianças?”, questionou a porta-voz sindical.
A resposta do comité de saúde pública de Madrid é investir mais nos cuidados básicos, aplicando até 25% do orçamento para o setor, para contratar mais profissionais de saúde.
A porta-voz do partido regional Más Madrid, Mónica García, criticou a “incapacidade” de Díaz Ayuso para “chegar a soluções”, a quem acusa de não ser capaz de dialogar com os profissionais de saúde e de ignorar as reais necessidades do setor.
“Dizemos à senhora Ayuso o que temos dito há meses: não se brinca com a saúde. Os médicos estão a proteger-nos. O que o governo da Comunidade de Madrid tem de fazer é, basicamente, sentar-se com os médicos da mesma forma e com a mesma desenvoltura com que se senta com os fundos de investimento”, disse García.
A porta-voz da secção de Madrid do movimento Unidas Podemos, Alejandra Jacinto, pediu a Ayuso para parar de “torturar” médicos e pediatras, acusando-a de “manifestar arrogância” na forma como aprova os orçamentos regionais.
NR/HN/LUSA
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