Presidente chinês fala numa “luz de esperança” apesar do agravamento da covid-19

31 de Dezembro 2022

O Presidente da China, Xi Jinping, falou hoje numa "luz da esperança” para o país, reconhecendo que estão a atravessar um “momento difícil” com novos casos de covid-19 após o levantamento das restrições sanitárias.

Três anos após o aparecimento dos primeiros casos do coronavírus em Wuhan, no centro do país, a China decidiu terminar a sua política radical de “covid zero” a 07 de dezembro, sem qualquer aviso prévio.

Em menos de um mês, os hospitais chineses ficaram sobrelotados, os crematórios estão a transbordar e nas farmácias começam a faltar medicamentos para a febre, relata a agência de notícias francesa France Press (AFP).

“A prevenção e o controlo da epidemia entrou numa nova fase. Ainda estamos num momento difícil”, mas “a luz da esperança está à frente”, disse Xi Jinping num discurso televisivo de Ano Novo citado pela AFP.

Esta é a segunda vez esta semana que o Presidente chinês comenta a epidemia, tendo defendido na segunda-feira que as medidas aplicadas têm como objetivo “proteger efetivamente a vida do povo”.

Segundo as últimas estatísticas oficiais divulgadas hoje, há mais de 7.000 novos casos positivos e uma morte ligada à covid, numa população de 1,4 mil milhões de habitantes.

A AAF escreve hoje que “estes números são largamente subavaliados e parecem estar totalmente desfasados da realidade no terreno”.

As autoridades decidiram que dentro de uma semana, a 08 de janeiro, terminam as quarentenas obrigatórias a quem chega à China e que o povo chinês pode voltar a viajar para o estrangeiro.

No entanto, vários países – tais como a França, Itália, Estados Unidos ou Japão – já anunciaram que serão exigidos testes negativos aos passageiros vindos da China.

Para o chefe da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, as medidas de precaução que estão a ser tomadas por vários países são “compreensíveis” tendo em conta a falta de informação fornecida por Pequim.

Já Pequim defende que as estatísticas que tem divulgado desde o início da epidemia têm sido sempre transparentes.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Chamadas de telemóvel associadas a um maior risco de hipertensão arterial

Advertisement

Falar ao telemóvel durante 30 minutos ou mais por semana está associado a um aumento de 12% do risco de hipertensão arterial em comparação com menos de 30 minutos, de acordo com um estudo publicado no European Heart Journal – Digital Health, uma revista da Sociedade Europeia de Cardiologia (ESC)

Traumas na infância podem provocar insónia nos adultos?

Advertisement

Investigação demonstrou que experiências adversas na infância resultam em formas mais disfuncionais de lidar com a vergonha e aumentam a gravidade dos casos de insónia na idade adulta, embora estas duas variáveis não surjam associadas.

Manuel Delgado: O SNS está a resvalar muito rapidamente para o precipício

Advertisement

Em entrevista exclusiva ao nosso jornal, Manuel Delgado, ex-Secretário de Estado da Saúde do XXI Governo Constitucional, entre 2015 e 2017 e Professor Auxiliar convidado da ENSP/Universidade Nova de Lisboa para as áreas da Políticas de Saúde e Gestão de Serviços de Saúde, aponta os principais desafios que o SNS enfrenta e os que irá enfrentar no futuro.

Mário Macedo: “Enfermeiros Unidos” por uma Enfermagem com Voz

Advertisement

Mário André Macedo, Enfermeiro Especialista em Saúde Infantil e Pediátrica e principal rosto do Movimento “Enfermeiros unidos”, considera inconcebível o constante afastamento dos enfermeiros dos locais de reflexão, planeamento e decisão em saúde. Pondera vir a candidatar-se a Bastonário da Ordem dos Enfermeiros à qual aponta a responsabilidade de nos últimos anos  ter perdido o seu foco e uma visão estruturada para a profissão.

Entre a idade dos ‘porquês’ e o tempo da revolta: Como lidar com a DII em crianças e jovens?

Advertisement

Viver com uma doença para o resto da vida não é fácil quando o diagnóstico é feito em plena infância ou adolescência. Um cenário que pode ser ainda agravado quando se está perante uma doença com inúmeros estigmas, como a Doença Inflamatória do Intestino. Ter a necessidade de ir, vezes sem conta, à casa de banho pode fazer com que muitas crianças e jovens tenham sentimentos de revolta e vergonha. Atendendo a esta realidade, e de forma a desmistificar algumas destas patologias, a Associação Portuguesa da Doença Inflamatória do Intestino (APDI) promoveu no passado dia 16 de maio uma discussão sobre o tema.

MAIS LIDAS

Share This