“Respeitando uma decisão da Fnam de manter uma greve marcada para a próxima semana, a próxima reunião de negociação ficou agendada para quinta-feira”, afirmou Manuel Pizarro, em declarações aos jornalistas no final da reunião negocial com os sindicatos representativos dos médicos.
A paralisação de dois dias, em 17 e 18 de outubro, já tinha sido convocada pela Fnam em setembro e, segundo o ministro da Saúde, a reunião de hoje não alterou as intenções da federação sindical.
“Pela parte do Ministério da Saúde, estávamos disponíveis para voltar à mesa de negociação para aprofundar este trabalho ainda mais cedo. Isso era melhor para o Serviço Nacional de Saúde e também para os médicos, mas temos que respeitar a vontade do sindicato de concretizar mais uma jornada de greve”, salientou.
Questionado se a decisão da Fnam demonstra algum afastamento em relação a um acordo com a tutela, Manuel Pizarro disse que “a pergunta tem de ser feita a quem decide manter uma greve num cenário em que há progresso claro nas negociações e há uma enorme manifestação de abertura nas negociações”.
O Ministério da Saúde voltou hoje à mesa de negociações com os sindicatos dos médicos, um mês depois da última ronda negocial que terminou sem acordo.
A proposta apresentada aos sindicatos, o Ministério prevê um novo modelo remuneratório e um suplemento de 500 euros mensais para os médicos que realizam serviço de urgência e a possibilidade de poderem optar pelas 35 horas semanais.
“Estamos a propor algo que teve como prioridade melhorar o acesso dos portugueses à saúde e requalificar o Serviço Nacional de Saúde. É uma proposta de enorme também na valorização da profissão médica”, defendeu o ministro.
LUSA/HN
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