“Temos ainda 55% dos doentes que não chegam [ao hospital] na janela terapêutica, no horário que deviam chegar. Na Região Autónoma da Madeira, onde todos os sítios estão à distância de 25 minutos, é inaceitável, é impossível, e isto tem de ser mudado”, disse Pedro Ramos, reforçando que “a sinalização dos doentes e a comunicação para o hospital têm de ser feitas rapidamente, para poderem chegar na janela terapêutica.”
O governante falava na Escola Básica e Secundária Padre Manuel Álvares, no concelho da Ribeira Brava, na zona oeste da ilha, no âmbito de uma ação de sensibilização intitulada “Minutos que podem Salvar Vidas”, integrada nas comemorações do Dia Mundial do AVC, que se assinalou no domingo.
Pedro Ramos explicou que o Serviço de Saúde da Madeira (Sesaram) dispõe de uma unidade para tratamento de situações de AVC agudas e subagudas com 20 camas e conta com “profissionais com formação e diferenciação”.
A região dispõe também de meios complementares de diagnóstico e terapêutica específicos e de um centro de simulação clínica.
“A confiabilidade no nosso sistema é tão grande que tratamos não só doentes da Madeira, mas também doentes dos Açores”, disse, salientando que 70% do total dos casos são atendidos na unidade de AVC.
O secretário regional da Saúde e Proteção Civil sublinhou, no entanto, ser necessário trabalhar mais no âmbito da sinalização dos casos e da sua comunicação às entidades.
“A rapidez está ligada ao sucesso da nossa resposta”, realçou.
Pedro Ramos alertou também para o “papel do cidadão”, no sentido de contribuir para a redução dos fatores de risco, entre os quais se contam a hipertensão, a diabetes, o colesterol elevado, a falta de exercício físico e o excesso de peso.
LUSA/HN
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