O Exclusivo da TVI teve acesso a registos clínicos que indicam a administração do tratamento, apesar das negações da ex-ministra da Saúde, Marta Temido, e do então secretário de Estado, António Sales, quanto a qualquer interferência. Os pediatras do Hospital de Santa Maria alegam que este caso evidencia uma rede de cumplicidade entre os palácios de São Bento e Belém, questionando a gestão dos recursos públicos.
No dia 8 de novembro, o Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte anunciou a instauração de uma auditoria interna ao caso. Simultaneamente, a Inspeção Geral das Atividades em Saúde (IGAS) abriu um processo de inspeção para verificar se todas as normas foram cumpridas durante o tratamento das gémeas em 2020. A reportagem da TVI indicou que neuropediatras do hospital se opuseram ao tratamento em novembro de 2019, mas uma carta relatando a situação desapareceu e foi substituída por outra com o mesmo conteúdo.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, negou qualquer interferência, destacando que não falou com autoridades hospitalares nem com membros do governo sobre o caso e que tomará medidas judiciais se alguém alegar o contrário. No entanto, a TVI relatou que a mãe das gémeas admitiu recorrer a uma “cunha” do Presidente para facilitar o tratamento.
Este caso continua a gerar controvérsia e levantar questões sobre a transparência e ética nas decisões de saúde, envolvendo personalidades políticas de alto nível. O HealthNews.pt continuará a acompanhar de perto os desenvolvimentos e fornecerá atualizações à medida que mais informações se tornarem disponíveis.
HN/AL
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