“É completamente inaceitável e imoral que se pretenda que, no espaço de uma hora, os enfermeiros mudem toda a sua vida para aceitarem um contrato que, ainda por cima, nem sequer é renovável”, refere o presidente do sindicato, Pedro Costa, citado num comunicado.
Para o sindicalista, “este é mais um dos múltiplos exemplos de como as próprias instituições do Serviço Nacional de Saúde (SNS) desvalorizam os seus profissionais, nomeadamente os enfermeiros”.
A denúncia, refere, chegou àquele sindicato através de vários enfermeiros que integram a lista final da Bolsa de Recrutamento para Pessoal de Enfermagem.
O CHTS compreende as unidades de Penafiel e Amarante, servindo quase meio milhão de habitantes da região do Tâmega e Sousa, formada por 12 municípios.
No âmbito do Plano de Contingência do inverno, explica o presidente do SE, “face à assumida carência de recursos humanos, o CHTS começou a contactar os colegas para manifestarem, por e-mail, a aceitação ou recusa do contrato”.
“O problema é que não só a resposta tem de ser dada no prazo máximo de uma hora, como o contrato de trabalho tem início já no dia 07 de dezembro, quinta-feira”, acrescenta.
O presidente do Sindicato dos Enfermeiros solicita a intervenção do diretor-executivo do SNS, admitindo não valer a pena “apelar à intervenção do ministro da Saúde, pois a sua preocupação passa, claramente, pela resolução dos problemas de outros profissionais de Saúde”.
A Lusa tentou, sem sucesso, obter uma reação do CHTS.
NR/Lusa
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