O partido explica, numa nota de imprensa, que “tomou conhecimento, por via de uma denúncia, de que empresas da região recorrem à queima de nafta para produção de vapor e aquecimento”, alertando que o alegado procedimento “desrespeita os limites legalmente permitidos da emissão de gases com efeito estufa provenientes dessa queima”.
O PAN teve também conhecimento de que a fiscalização da medição desses gases “tem sido deficiente” e há “suspeitas de que o redutor das caldeiras é alterado” quando são realizadas as fiscalizações, para que os níveis de emissões fiquem dentro dos valores legalmente permitidos.
A emissão desses gases, alerta, “contribui para os crescentes impactos das alterações climáticas, sem prejuízo dos problemas de saúde pública associados ao sistema respiratório e cardiovascular”.
Por isso, o PAN questiona o Governo Regional sobre o motivo de este fuel pesado ser utilizado por empresas de vários setores nos Açores, em detrimento de “uma aposta na transição para práticas mais sustentáveis” e com menor impacto ambiental, como os queimadores elétricos industriais.
Esta, acrescenta a estrutura partidária, é uma matéria de extrema importância, pelo que se deve reforçar a rede elétrica regional, “por forma a permitir às empresas uma aposta forte na transição energética, substituindo as caldeiras industriais para queima de nafta por caldeiras elétricas, colocando termo à queima de nafta na região”.
Citado na nota de imprensa, o deputado único do PAN no parlamento açoriano, Pedro Neves, afirma que “é inconcebível” recorrer ainda “a combustíveis extremamente nocivos para a saúde pública e ambiental”.
Também hoje, a estrutura regional partidária anunciou a entrega de um requerimento ao Governo Regional liderado pelo social-democrata José Manuel Bolieiro para saber que medidas estão a ser tomadas para apoiar as famílias com crianças diagnosticadas com perturbações do espetro do autismo.
Após uma reunião com cidadãos do Faial sobre “a falta de apoio e respostas por parte das escolas e unidades de saúde”, o partido diz ter relatos de longas listas de espera para serviços terapêuticos no hospital da Horta e de ausência de respostas às necessidades educativas especiais destes menores.
Por isso, defende, é necessário ter mais profissionais nas áreas de terapia da fala, terapia ocupacional, pedopsiquiatria, psicomotricidade e fisioterapia.
“De acordo com o Relatório de Contas do Hospital da Horta, em 2021 e 2022 cerca de 8% dos profissionais contratados eram técnicos de diagnóstico e terapêutica, distribuídos por 17 especialidades, sendo que apenas três – fisioterapia, terapia da fala e terapia ocupacional – se destinam a crianças com este diagnóstico”, indica.
LUSA/HN
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