“O PSD tem uma agenda para a saúde que anda ao sabor do ciclo eleitoral, mas o Serviço Nacional de Saúde (SNS) é demasiado importante para as pessoas para que as nossas decisões possam ser postas em causa pelo ciclo eleitoral”, afirmou Manuel Pizarro em declarações à margem do evento que marcou os 20 anos da Entidade Reguladora da Saúde e que decorreu no Porto.
O PSD exigiu esta semana ao Governo que suspenda a entrada em vigor das novas ULS, pedindo ao executivo que se foque nos problemas das urgências e não em “nomear ‘boys’” para estas estruturas.
Na resposta, o governante disse que o novo modelo das ULS “é uma reforma que estava anunciada, com documentos legislativos que foram profundamente debatidos, promulgados pelo Presidente da República e publicados”.
“Não vejo nenhum sentido para interrompermos essa reforma porque é todo o contrário, se interrompermos a reforma é que as dificuldades serão maiores e persistirão mais no tempo”, assinalou o ministro.
Manuel Pizarro comentou também a recomendação da Associação Nacional das Unidades de Saúde Familiares (USF-AN) que defende que o modelo das ULS, sendo uma medida estruturante, não devia ser aplicado à pressa, sublinhando que não há dados que indiquem que tenha vantagem.
“Não vejo que haja pressa num processo que começou no último trimestre de 2022 e que decorreu em cada uma das regiões do país com um profundo envolvimento dos autarcas, da comunidade local ao longo de 2023”, assinalou.
Manuel Pizarro pronunciou-se também sobre a demissão da presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte, Ana Paula Martins, comunicada na segunda-feira, afirmando que a vê com tristeza.
“Vejo com tristeza a demissão da professora Ana Paula Martins, que foi uma pessoa muito importante para o Serviço Nacional de Saúde ao dar o seu contributo à frente do Hospital Santa Maria e quero valorizar a coragem e a tenacidade desse contributo”, afirmou.
LUSA/HN
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