As termas de Monte Real, conhecidas desde 1925, encerraram no verão de 2015, após terem sido afetadas por inundações em fevereiro de 2014. Este encerramento, juntamente com a redução de civis na Base Aérea nº 5 (BA5), inaugurada em 1959, alterou significativamente as dinâmicas de desenvolvimento local.
Enquanto alguns negócios dependentes dos aquistas sucumbiram, outros procuraram alternativas para superar as dificuldades. A autarquia tem trabalhado na preservação do património existente e na criação de novos pontos de interesse, visando promover a atratividade e desenvolver uma nova imagem positiva do território.
Joaquim Vitorino, presidente da Associação de Turismo de Monte Real, lamentou a falta de estratégia para colmatar as consequências do fecho das termas, alertando para o risco de encerramento de mais hotéis. Atualmente, Monte Real conta com seis hotéis e 714 camas, uma redução face aos nove hotéis e 1.026 camas existentes em 2014.
O turista de Monte Real é, maioritariamente, uma “pessoa de passagem” ou grupos de excursões de estrangeiros, principalmente franceses e espanhóis da terceira idade, que pernoitam na vila antes de seguir para outros destinos.
Os moradores recordam com saudosismo a época em que a vila fervilhava de movimento, comparando-a com a baixa de Lisboa. Atualmente, apesar da proximidade de praias como Pedrógão ou Vieira, falta animação e restauração em Monte Real.
A Câmara de Leiria considera a reabertura das termas de grande importância para a economia local e tem vindo a investir na melhoria da qualidade de vida e na atratividade da vila, criando condições especiais para promover a reabilitação urbana e mantendo o Posto de Turismo aberto ao público.
NR/HN/Lusa
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