O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, acusou o Governo de acelerar o desmantelamento do Serviço Nacional de Saúde (SNS), tornando “mais difícil a vida dos utentes”, com o objetivo de entregar serviços ao setor privado. Em declarações aos jornalistas no Hospital Garcia de Orta, em Setúbal, Raimundo afirmou que o executivo está a “fatiar as peças” do SNS para “entregar partes daquilo que é a resposta do SNS ao setor privado”.
O líder do PCP criticou a falta de médicos, o encerramento de urgências de obstetrícia, pediatria e geral, acusando o Governo de oferecer como única solução aos cidadãos o recurso ao setor privado da saúde. Raimundo defendeu ainda a necessidade de investir em mais infraestruturas no SNS, exemplificando com a falta de um hospital no concelho do Seixal, e de melhorar as condições de trabalho dos profissionais de saúde.
O secretário-geral do PCP insistiu no pedido de explicações à ministra da Saúde, Ana Paula Martins, afirmando que esta não pode “despachar para o diretor executivo do SNS a responsabilidade” das dificuldades de acesso à saúde, uma vez que a responsabilidade política é da ministra.
NR/HN/Lusa
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