A ONG, que indica que estes números se baseiam em análises próprias e em estimativas da ONU, advertiu, em comunicado, que “os primeiros 28 dias de vida de uma criança são os mais perigosos e com maior risco de morte”.
A organização recordou também que este é o “período mais perigoso para a mãe” e observou que, mesmo antes do início da guerra no Sudão, o país africano com cerca de 50 milhões de habitantes “tinha uma das taxas de mortalidade materna mais elevadas do mundo”.
“O conflito cada vez mais violento (…) tornou a prestação de cuidados de saúde cada vez mais difícil, colocando as mães e as crianças em risco de complicações que podem ter consequências para toda a vida e ser mesmo fatais”, refere-se na nota.
A organização sublinha que, de acordo com o Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV), cerca de 80% dos hospitais nas zonas mais afetadas pelo conflito foram encerrados e duas em cada três pessoas não têm acesso a serviços de saúde essenciais.
“O pessoal médico, os fornecimentos, a água potável e a eletricidade são escassos e o pessoal médico, as instalações, os transportes e os fornecimentos estão sob ataque”, acrescentou.
O diretor nacional interino da Save The Children no Sudão, Mohamed Abdiladif, advertiu que “as crianças nascidas de mães subnutridas correm um risco acrescido de sofrer de restrição do crescimento fetal, o que contribui para piores resultados em termos de saúde numa fase posterior da vida e para o aumento da mortalidade neonatal”.
A ONG apelou à comunidade internacional para que “tome medidas políticas urgentes para fazer face a esta crise” e para que “disponibilize mais fundos para reforçar os sistemas de saúde” no Sudão.
LUSA/HN
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