Em entrevista à agência Lusa, o presidente da SPO, Pedro Menéres, apontou que o glaucoma “tem aumentado em Portugal porque é uma doença associada ao aumento da esperança de vida”, estimando que 200 a 300 mil pessoas tenham glaucoma.
“E algumas delas não sabem”, lamentou, sublinhando a importância do diagnóstico precoce.
“Há tratamentos com medicamentos, laser e cirurgia para os casos mais graves, mas o importante é que os doentes que ainda não sabem que têm esta doença estejam sensíveis à necessidade de serem observados por oftalmologistas”, aconselhou.
O presidente da SPO aconselha todas as pessoas a partir dos 40 anos a ir, a cada dois ou três anos, ao oftalmologista e pede atenção a fatores de risco como o historial de glaucoma na família, a hipertensão ocular (tensões elevadas dos olhos), alta miopia ou uso de corticoides de forma prolongada, entre outros.
A população afrodescendente também apresenta um risco aumentado.
O glaucoma é uma doença do nervo ótico crónica e progressiva que produz lesões que afetam o campo visual, mas deixando a parte central relativamente poupada até fases mais avançadas.
O diagnóstico precoce numa fase em que a pessoa ainda tem boa visão para não chegar a um ponto em que a cegueira se torna muito provável é considerado a melhor forma de prevenção.
A SPO vai assinalar a partir de segunda-feira a Semana Mundial do Glaucoma com uma campanha de sensibilização com o lema “Olhe com atenção, o Glaucoma não avisa” que vai percorrer todo o país com iniciativas no Centro Comercial Colombo, em Lisboa (dia 11), no Coimbra Shopping (dia 12), e no Nortehopping, em Matosinhos, no distrito do Porto (dia 13).
No fina da semana, a 14 e 15 de março, vai decorrer no Porto um congresso sobre glaucoma.
De acordo com a organização, na iniciativa que conta já com mais de 200 inscritos, serão abordados os meios de diagnóstico e os tratamentos médicos e cirúrgicos mais recentes.
NR/HN/Lusa
0 Comments