Macau aconselha vacina contra sarampo a quem queira viajar para os EUA

10 de Março 2025

O Governo de Macau aconselhou hoje os residentes que não são imunes ao sarampo que se vacinem antes de viajarem para os Estados Unidos, onde um surto já infetou mais de 200 pessoas.

Num comunicado, os Serviços de Saúde de Macau (SSM) apelaram a todos os habitantes da região semiautónoma chinesa a vacinarem-se “antes de viajaram para áreas onde o sarampo é endémico”.

“Recentemente houve muitos surtos de sarampo nos Estados Unidos e países como as Filipinas e o Vietname também estão a ser afetados pela baixa taxa de vacinação contra o sarampo, resultando em casos”, sublinharam os SSM.

Os residentes que nasceram a partir de 1970 são apontados como grupo prioritário para a vacinação, gratuita através de marcação nos centros de saúde públicos.

Isto porque, embora a vacina contra o sarampo tenha sido introduzida pela então administração portuguesa em Macau no final da década de 1960, a taxa de vacinação permaneceu baixa até ao início dos anos 80.

Contudo, os trabalhadores migrantes não terão direito à vacina gratuita e “podem ir a instituições médicas privadas inquirir sobre a vacinação”, referiram os SSM.

Macau empregava, no final de janeiro, quase 183 mil trabalhadores sem estatuto de residente, número que representava mais de um quarto da população da região, de acordo com dados oficiais.

Segundo o mais recente relatório dos Centros de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, o país já registou quase 230 casos de sarampo durante o atual surto.

A esmagadora maioria dos casos (94%) atingiu pessoas não vacinadas ou que não completaram a vacinação e 80% dos doentes são crianças ou adolescentes, revelaram os CDC na sexta-feira.

Uma criança em idade escolar morreu no final de janeiro numa região do oeste do estado do Texas (sudoeste dos EUA) onde já foram identificados 159 casos de sarampo.

Na sexta-feira, as autoridades de saúde do estado vizinho do Novo México anunciaram que um adulto que foi infetado com sarampo morreu, embora o vírus não tenha sido confirmado como a causa de morte.

A pessoa que morreu não foi vacinada e não procurou assistência médica, explicou um porta-voz do departamento de saúde do estado, em comunicado.

Os CDC dos EUA anunciaram, no passado dia 04, que iam enviar uma equipa para o Texas para ajudar as autoridades locais de saúde pública a responder ao surto, que começou no final de janeiro.

O sarampo é um vírus respiratório que pode sobreviver no ar até duas horas. De acordo com os CDC, até nove em cada dez pessoas suscetíveis contrairão o vírus se expostas.

A vacina contra o sarampo, papeira e rubéola é segura e altamente eficaz na prevenção de infeções e casos graves. A primeira dose é recomendada para crianças dos 12 aos 15 meses, e a segunda para crianças dos 4 aos 6 anos.

lusa/HN

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