“BOAS NOTÍCIAS. O surto da doença do vírus de Ébola (da estirpe proveniente) do Sudão chegou oficialmente ao fim”, afirmou o Ministério da Saúde numa mensagem publicada na sua conta da rede social X.
“Isto acontece depois de 42 dias sem um novo caso desde o último paciente confirmado ter recebido alta, a 14 de março de 2025. Agradecemos aos nossos profissionais de saúde, colaboradores e comunidades pelo apoio em pôr fim a este surto”, acrescentou.
O Uganda seguiu os protocolos da Organização Mundial de Saúde (OMS), que estabelecem que um país pode dar por terminado um surto de ébola se não forem detetados novos casos durante 42 dias consecutivos (o dobro do período de incubação do vírus).
“Parabéns ao Uganda por completar a conta regressiva obrigatória de 42 dias sem um caso confirmado de ébola”, afirmou, na rede social X, o gabinete da OMS no país africano.
Em comunicado, o diretor interino da OMS para África, Chikwe Ihekweazu, assinalou que o surto suscitou “novos desafios” porque “afetou, tanto comunidades urbanas como rurais de todo o país e desenvolveu-se num contexto de importantes limitações de financiamento mundial”.
“A resposta demonstrou a liderança de longa data do Uganda na luta contra as emergências de saúde pública. Enquanto OMS, estamos orgulhosos por termos apoiado estes esforços em cada etapa do processo”, acrescentou Ihekweazu.
Em 20 de janeiro, o Ministério da Saúde ugandês confirmou a morte de um enfermeiro de 32 anos que trabalhava no Hospital de Mulago, na capital, e declarou um novo surto desta doença, que atingiu o Uganda pela última vez em 2022, ano em que causou 142 casos confirmados e 55 mortes.
O surto pertence a uma estirpe do Sudão, menos transmissível e com menor taxa de mortalidade (40%-100%) do que a estirpe de Zaire (70%-100%).
Ao contrário da estirpe de Zaire, registada em epidemias na República Democrática do Congo, ainda não existe uma vacina aprovada para a estirpe do Sudão.
Descoberto em 1976 na República Democrática do Congo – então designada Zaire – o ébola é uma doença grave, muitas vezes fatal, que afeta humanos e primatas, transmitindo-se por contacto direto com o sangue e fluidos corporais.
A doença causa hemorragias graves e os seus primeiros sintomas são febre repentina e elevada, dor muscular, de cabeça e garganta, e vómitos.
lusa/HN
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