“Existem algumas situações que nos foram relatados pela administração hospitalar de que nos testes efetuados e que levam a máquina [ventilador] ao limite, há uma ou outra situação que não acompanha esse teste”, disse à agência Lusa o presidente da AMAL, António Pina.
O problema com o funcionamento dos aparelhos nos hospitais de Portimão e Faro, adquiridos a uma empresa chinesa, foi avançada hoje pelo jornal Correio da Manhã.
António Pina indicou que está a aguardar pelo relatório final dos ventiladores, ressalvando que existiram “outros problemas com equipamentos que não estavam a 100%, mas que foram resolvidos com os técnicos da empresa através de uma reprogramação remota”.
“Vamos esperar, porque pode ser que isso se resolva com uma reprogramação remota com a empresa na China”, sublinhou.
O presidente da AMAL, entidade que agrega os 16 municípios do Algarve, acredita que “até ao final da próxima semana possa existir uma resposta, um relatório final, até pela ansiedade que se vai gerando com esta questão”.
O também presidente da Câmara de Olhão disse ter sido “alertado informalmente para o problema com o funcionamento dos aparelhos pela administração do CHUA”, entidade que envia as análises aos equipamentos para certificação.
Por seu turno, o secretário de Estado das Pescas e coordenador à reposta da covid-19 no Algarve, José Apolinário, disse à Lusa ter esperança que, “juntamente com o fornecedor, seja encontrada uma forma para resolver a situação”.
“O Governo irá dar toda a colaboração possível”, afirmou José Apolinário, acrescentando “saber que se trata de uma eventual não conformidade que tem de ser apurada do ponto de vista técnico”.
O governante revelou que em relação aos 30 ventiladores com que o Ministério da Saúde reforçou os hospitais do Algarve, “os mesmos não apresentaram qualquer problema e também ainda não fizeram falta”.
“O Governo vai continuar a fazer a gestão dos ventiladores a nível nacional em função das necessidades hospitalares”, concluiu.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 590 mil mortos e infetou mais de 13,83 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.682 pessoas das 48.077 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
LUSA/HN
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