“Mais de 8,6 milhões de pessoas estão totalmente vacinadas, o que representa mais de um quinto da população adulta”, referiu o chefe de Estado sul-africano.
Na sua comunicação ao país, Ramaphosa adiantou que 60% dos sul-africanos com mais de 60 anos e 50% das pessoas entre 50 e 59 anos já receberam pelo menos uma dose de vacina.
O Presidente salientou que a África do Sul administrou até á data 17 milhões de doses da vacina contra a covid-19, tendo como meta vacinar 70% da população adulta até ao final do ano.
“Para atingir a nossa meta, precisamos de administrar 16 milhões de doses adicionais da vacina este ano, o que equivale a cerca de 250.000 vacinações em todos os dias úteis de cada semana até meados de dezembro”, declarou.
Ramaphosa indicou que a África do Sul “emergiu” de uma terceira vaga da pandemia de covid-19, que durou mais de 130 dias com 20.000 novos casos diários no seu pico.
Todavia, o país registou em média cerca de 1.800 novos casos de infeção por dia na última semana.
“Também há uma redução sustentada nas hospitalizações e no número de mortes por covid-19 em todas as províncias”, adiantou.
O chefe de Estado sul-africano frisou que “um número crescente de pessoas mais jovens, foram hospitalizadas e morreram de covid-19 nos últimos meses”.
“É por esta razão que desde 20 de agosto, alargamos o nosso programa de vacinação a todas as pessoas na África do Sul com mais de 18 anos”, sublinhou.
Ramaphosa disse que as autoridades da Saúde vão alargar a partir de sexta-feira, a vacinação ao fim de semana.
O chefe de Estado anunciou também a flexibilização das medidas de confinamento contra a covid-19, referindo que a África do Sul passará “do nível 2 de alerta ajustado para o nível 1 de alerta ajustado a partir da meia-noite” de hoje.
Nesse sentido, o recolher obrigatório passa a ser das 00:00 às 04:00, sendo que os restaurantes, bares e ginásios passam a funcionar até 23:00.
Ajuntamentos até 750 pessoas serão permitidos dentro de recintos e até 2.000 pessoas em espaços abertos ao ar livre.
A venda de álcool será proibida depois das 23:00, segundo o Presidente sul-africano.
“Em breve, o Ministério da Saúde irá lançar um certificado de vacinação, que será uma prova segura e verificável de vacinação”, afirmou Ramaphosa, sem avançar detalhes, acrescentando que “pode ser utilizado para facilitar viagens, acesso a estabelecimentos e confraternizações e outras formas de atividade que requeiram comprovativo de vacinação”.
“A nossa maior prioridade agora é garantir que a economia recupere o mais rápido possível, para que possamos criar postos de trabalho e ajudar as empresas a se reerguerem”, frisou.
O Presidente sul-africano sublinhou que “se a maioria da população for vacinada”, poderá declarar-se “que a África do Sul é um destino seguro e receber turistas durante o verão”.
A covid-19 provocou pelo menos 4.771.320 mortes em todo o mundo, entre 233,23 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
LUSA/HN
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