Costa vinca “contas certas” e avisa que nunca colocará em causa credibilidade do país

9 de Outubro 2021

O secretário-geral do PS defendeu este sábado a tese de que “sem contas certas não há futuro” para o país e frisou que o seu Governo nunca aceitará colocar em causa a credibilidade externa da economia portuguesa.

Este aviso foi transmitido por António Costa na reunião da Comissão Nacional do PS, num discurso que proferiu algumas horas após o seu Governo ter aprovado o Orçamento do Estado para 2022, mas em que nunca se referiu diretamente aos parceiros dos socialistas no parlamento: PCP, PEV, Bloco de Esquerda e PAN.

Depois do aviso, o líder socialista considerou que, desde 2016, foi sempre possível conciliar aumento dos rendimentos e do investimento com “uma sã gestão das contas públicas”.

Mas “sem contas certas não há futuro”, declarou perante os membros da Comissão Nacional do PS.

Perante os membros da Comissão Nacional do PS, o secretário-geral do PS definiu como desafio central “a manutenção da credibilidade internacional” do país.

“É essa credibilidade internacional de um país com finanças públicas que vão sendo sãs que permite continuar a atrair investimento direto estrangeiro. Este ano vamos conseguir bater o recorde de atração de investimento direto estrangeiro em Portugal, apesar de todas as incertezas que existem na economia ao nível global”, alegou o primeiro-ministro.

António Costa reforçou depois a mensagem: “É essa credibilidade internacional que em caso algum pode ser posta em risco”.

“E nós já provámos ao longo destes seis orçamentos que é possível, simultaneamente, termos orçamentos amigos do investimento, que melhorem as condições de vida das pessoas e haver uma gestão das finanças públicas responsável que controla o défice e com a preocupação de redução do endividamento”, defendeu.

De acordo com António Costa, foi “com essa folga” financeira que “permitiu ao país enfrentar com força a pandemia da Covid-19”.

“Agora que virámos a pandemia é preciso ao mesmo tempo reforçar o investimento e o rendimento das famílias, mas nunca esquecendo que sem contas certas não há futuro”, acrescentou.

LUSA/HN

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