Israel mobiliza militares na reserva para combater pandemia

2 de Agosto 2020

Israel mobilizou hoje 3.000 militares na reserva para criar um “comando de coronavírus”, como parte de uma nova estratégia nacional para combater a covid-19 que dá mais controlo ao Exército para rastrear os infetados.

O Ministério da Defesa israelita aprovou a criação de um grupo de trabalho militar que ajudará na investigação epidemiológica para conter a segunda onda de covid-19, que Israel enfrenta atualmente.

O grupo também irá dar apoio aos hotéis de quarentena e participar na coordenação do sistema de informações entre o Governo e as autoridades locais.

Com uma média registada nas últimas duas semanas de 2.000 casos diários de infeção pelo novo coronavírus, Israel nomeou recentemente um responsável nacional por desenvolver uma resposta de emergência.

O novo plano, apresentado por este responsável nacional, Ronni Gamzu, foi designado como “Escudo de Israel” e inclui uma grande participação do exército, que, até agora, só participava em missões específicas preparadas pelos ministérios da Saúde e da Defesa.

Israel conseguiu controlar a primeira fase da pandemia adotando de imediato restrições ao movimento e comportamento das pessoas, mas o ‘desconfinamento’ multiplicou o número de contágios, que ultrapassaram hoje os 72.000 casos, com 340 pessoas gravemente doentes.

No total, Israel já registou 531 mortes por covid-19 desde o início da pandemia.

O Governo tem tentado evitar voltar ao confinamento e paralisar a atividade económica face ao crescente descontentamento da população causado pelos altos níveis de desemprego, que excedem os 20%.

Ronni Gamzu propôs, por isso, aumentar o número de testes e controlos, com o apoio do exército, garantindo que “limitará o mais possível as restrições”.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 685 mil mortos e infetou mais de 17,8 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

 

NR/HN/LUSA

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