As autoridades de Hong Kong disse ter adotado “um quadro jurídico” para que o Governo chinês “preste o apoio de emergência necessário (…) de forma mais eficiente e rápida”, de acordo com um comunicado.
O documento prevê que todas as pessoas envolvidas no combate à pandemia, incluindo na construção de hospitais e instalações de isolamento de doentes, estejam isentas dos requerimentos habituais para trabalhar em Hong Kong.
Atualmente, os médicos da China não podem praticar em Hong Kong sem realizar exames locais e obter um reconhecimento.
A região vizinha de Macau já tinha enviado, esta semana, uma equipa de especialistas para Hong Kong.
Com cerca de sete milhões de habitantes, a cidade enfrenta uma quinta vaga de infeções pelo coronavírus, a pior desde o início da pandemia, com milhares de casos todos os dias.
Os hospitais estão sobrecarregados e as autoridades decidiram que todos os pacientes, mesmo assintomáticos, devem estar isolados, em locais designados para o efeito.
Equipas chinesas estão a construir dois novos centros de isolamento temporário que poderão acomodar 9.500 pessoas infetadas, e o governo também requisitou 20 mil quartos de hotel.
Na terça-feira, a chefe do governo de Hong Kong, Carrie Lam, anunciou a realização, em março, de três testes à covid-19 para toda a população da região, que conta 835 mortos e 32.538 casos da doença desde o início da pandemia.
“O rápido agravamento da epidemia excedeu em muito a capacidade do governo de Hong Kong para enfrentar esta situação. O apoio do Governo central é, portanto, essencial para combater o vírus”, disse Lam.
A governante confirmou também que Hong Kong se vai manter fiel a uma política de isolamento de pessoas com resultados positivos em testes à covid-19.
A covid-19 provocou pelo menos 5.904.193 mortos em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
A variante Ómicron, que se dissemina e sofre mutações rapidamente, tornou-se dominante no mundo desde que foi detetada pela primeira vez, em novembro, na África do Sul.
LUSA/HN
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