Antecipando a apresentação do Orçamento dopo Estado, prevista para 23 de março, a CBI garante que, com novas medidas, o crescimento económico pode chegar a 2,5% em 2023, ultrapassando as estimativas oficiais de 1,5%, revela num documento publicado hoje.
As estimativas, explicou a economista-chefe da organização, foram feitas em dezembro, antes do conflito na Ucrânia, pelo que não têm em conta o aumento da inflação no início do ano e o potencial impacto de sanções económicas no Reino Unido.
Entre as propostas estão uma dedução permanente do investimento das empresas, financiamento do treino de trabalhadores, flexibilização do recrutamento de trabalhadores estrangeiros e ajudas no impacto dos custos acrescidos com a energia.
As medidas surgem poucas semanas antes de entrar em vigor um aumento de impostos para financiar o setor da saúde e o fim de medidas de apoio à recuperação pós-pandemia e num contexto de subida da inflação e crise do custo de vida.
“Está na altura de agir se quisermos impulsionar a economia para uma trajetória de maior crescimento. Leva tempo para que as políticas entrem em ação e produzam resultados, então não faz sentido esperar (…) O Governo não pode perder um único momento”, afirmou o diretor geral da CBI, Tony Danker.
O Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido cresceu 7,5% em 2021, depois de ter caído 9,4% no ano anterior, de acordo com o Office for National Statistics (ONS).
O Banco de Inglaterra aumentou na semana passada as taxas de juro do Reino Unido de 0,25% para 0,5%, o segundo aumento em dois meses, a fim de conter a inflação, que atingiu 5,4% em dezembro, um máximo de 30 anos.
LUSA/HN
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