Sobre o que foi discutido no encontro, Ana Rita Cavaco disse à Lusa no final da reunião que decorreu no Ministério da Saúde que lhes foi comunicado que era “uma primeira reunião de apresentação” para saber as prioridades da OE, à qual se seguirão outras reuniões “periódicas e regulares” com enfoque na prestação de cuidados, nomeadamente o que os enfermeiros ainda podem potenciar em termos das suas competências.
“Um redesenho diferente com o foco nos cuidados de saúde primários, nos cuidados na comunidade e menos nos hospitais”, referiu, apontando também a questão da Rede Nacional de Cuidados Continuados e das estruturas residenciais para idosos.
A Bastonária da Ordem dos Enfermeiros destacou o facto de a equipa ministerial da saúde receber as ordens profissionais individualmente “porque os problemas de cada profissão são diferentes e também aquilo que há para negociar é diferente”.
A bastonária deu como exemplo o internato da especialidade, uma matéria que os enfermeiros andam a tentar negociar há quatro anos.
Outra questão a debater são as medidas de fixação para os enfermeiros porque “a grande maioria, infelizmente, continua a emigrar todos os anos” devido aos problemas com as dotações seguras dos cuidados de enfermagem e de não haver o internato da especialidade.
“Portanto, aguardamos as próximas reuniões para perceber o que é que é possível fazer”, afirmou Ana Rita Cavaco, sublinhando: “Comunicar é muito importante, mas depois temos que passar das palavras aos atos”.
Ana Rita Cavaco adiantou que a Ordem tem várias propostas em cima da mesa, que já são conhecidas da equipa ministerial, a qual “tem apenas um elemento novo”, a secretária de Estado da Saúde, Maria de Fátima Fonseca, “que ficou precisamente com a área dos recursos humanos”.
A equipa ministerial da Saúde, liderada por Marta Temido, começou esta semana a receber as ordens, sindicatos e associações do setor, encontros que há muito eram esperados pelos parceiros.
LUSA/HN
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