“Há três anos que ouvimos falar de comissões, grupos de trabalho, estudos, planos de contingência. É tempo de deixar o discurso vazio e redondo e investir nos profissionais do SNS. O SNS não funciona sem os profissionais”, sustentou a coordenadora bloquista, à margem da Marcha do Orgulho LGBTQIAP+, em Lisboa.
Questionada sobre se a ministra da Saúde, Marta Temido, tem condições para continuar a exercer o cargo, na sequência do encerramento de serviços de urgência em várias cidades, Catarina Martins respondeu que “a questão não é da ministra, é das políticas”.
A coordenadora do Bloco recordou as ocasiões, aquando da discussão dos orçamentos do Estado anteriores, em que o Governo disse que “o BE estava a ser intransigente, que não quis negociar”: “Talvez hoje fique claro que o BE tinha razão quando disse que recusaria os orçamentos dos últimos dois anos, que estavam a retirar médicos dos nossos hospitais”.
Na opinião de Catarina Martins “os jogos e os números do Governo provaram-se isso mesmo: só jogos”, mas “quando é preciso os médicos especialistas não estão lá”.
Interpelada sobre se há margem financeira para aumentar e contratar mais profissionais, com salários mais atrativos, a dirigente do partido respondeu perentoriamente “claro que há margem, é uma questão de escolha”.
Nos últimos dias, os serviços de urgência de vários hospitais, em particular os de obstetrícia e ginecologia, estiverem encerrados por falta de profissionais especializados.
NR/HN/LUSA
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