Novos secretários de Estado tomam posse na sexta-feira

15 de Setembro 2022

O Presidente da República vai dar posse aos três novos secretários de Estado propostos pelo primeiro-ministro, dois deles do Ministério da Saúde, na sexta-feira, pelas 19:30, no Palácio de Belém, lê-se na página da Presidência da República.

“O Presidente da República aceitou a proposta do primeiro-ministro de nomeação de três novos secretários de Estado, aos quais conferirá posse sexta-feira, pelas 19h30, no Palácio de Belém”, refere-se na nota.

Tomam posse o dirigente socialista e até agora presidente da Câmara de Caminha, Miguel Alves, como secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, assim como Ricardo Mestre no cargo de secretário de Estado da Saúde e Margarida Tavares nas funções de secretária de Estado da Promoção da Saúde.

Miguel Alves, natural de Lisboa e licenciado pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, é um dos dirigentes socialistas mais próximos do atual líder do executivo e a sua entrada na equipa de António Costa destina-se a reforçar a coordenação política do Governo.

No anterior Governo, as funções de secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro foram desempenhadas por Tiago Antunes, que neste executivo transitou para o cargo de secretário de Estado dos Assuntos Europeus.

Com a formação do novo Governo, em abril passado, António Costa optou por não ter na orgânica do seu executivo as funções de secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, solução que agora retoma.

Miguel Alves tem uma pós-graduação em Direito do Trabalho pela Universidade Moderna do Porto e é presidente da Câmara Municipal de Caminha desde 2013, estando no seu terceiro mandato.

Já na Saúde, tal como a anterior equipa de Marta Temido, também o novo ministro Manuel Pizarro terá consigo dois secretários de Estado, que vão substituir os deputados do PS António Lacerda Sales e Fátima Fonseca.

Ricardo Mestre, natural de Serpa, é subdiretor-geral da Direção-Geral da Saúde desde junho deste ano, sendo licenciado em economia, pelo Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade de Lisboa em 2001.

De acordo com a nota curricular divulgada pelo Governo, Ricardo Mestre é especialista em administração hospitalar e pós-graduado em administração de serviços de saúde.

Já Margarida Tavares, natural de Vale de Cambra, é coordenadora da Unidade de Doenças Infeciosas Emergentes do Centro Hospitalar Universitário de São Soão (CHUSJ).

Licenciada em medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e mestre em Saúde Pública pela École de Santé Publique Institut Pasteur em Paris, Margarida Tavares é assistente graduada de infeciologia do Serviço de Doenças Infeciosas CHUSJ.

Membro do Conselho Nacional de Saúde Pública desde 2020, é também diretora do Programa Prioritário para a área das Infeções Sexualmente Transmissíveis e Infeção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana desde 2021.

O novo ministro da Saúde, Manuel Pizarro, médico, especialista em medicina interna, foi empossado no cargo no passado sábado, substituindo Marta Temido, que se demitiu destas funções em 30 de agosto.

Após ser empossado pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o ex-eurodeputado socialista assumiu que terá um “desafio muito exigente” e que o enfrentará “com muita determinação, com muita vontade de trabalhar em prol da saúde dos portugueses e em prol do Serviço Nacional de Saúde”.

Interrogado se está confortável com o novo Estatuto do SNS, Manuel Pizarro respondeu: “Se não me sentisse confortável não poderia tomar hoje posse neste lugar”.

Já a equipa cessante no Ministério das Finanças, a ex-ministra Marta Temido e os ex-secretários de Estado António Lacerda Sales e Fátima Fonseca, retomaram na quarta-feira funções como deputados do PS na Assembleia da República.

Devido a esta retoma dos três antigos governantes, deixam a bancada do PS as deputadas Alexandra Tavares Moura, Cláudia Avelar Santos e Rosa Isabel Cruz.

Nas últimas eleições legislativas, Marta Temido e Lacerda Sales foram cabeças de lista do PS, respetivamente pelos círculos eleitorais de Coimbra e Leiria. Já Fátima Fonseca foi eleita pelo círculo de Lisboa no 16.º lugar.

LUSA/HN

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