“O vírus é tratável, podemos salvar vidas e o vírus pode ser controlado, mesmo entre populações de alto risco”, sublinhou Guterres, numa reunião sobre o SARS-CoV-2 organizada na semana da 77.ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas.
De acordo com o líder da ONU, o fim da pandemia está próximo, se forem resolvidos dois problemas: o baixo número de doses de reforço nos países mais pobres e a quantidade de testes realizados.
Guterres alertou que o número de teste feitos está a cair em todos os países, expondo o mundo a possíveis novas variantes e prejudicando o sucesso de novos tratamentos para combater o vírus.
A análise do antigo primeiro-ministro português foi partilhada pelo diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, que, noutro evento hoje realizado em Nova Iorque, garantiu que o mundo nunca esteve em melhor posição do que a atual para acabar com a emergência global.
Segundo Tedros Ghebreyesus, o número de mortes semanais está no seu ponto mais baixo desde o início da pandemia e dois terços da população mundial está vacinada, incluindo 75% dos profissionais de saúde e idosos.
O diretor-geral da OMS, como o secretário-geral da ONU, deixou claro, porém, que “ainda há muito a fazer” dadas as diferenças de taxas de vacinação nos países, a queda no número de testes realizados e os problemas no acesso aos antivirais.
Por outro lado, as duas entidades insistiram que é essencial investir em sistemas de alerta, na produção de medicamentos a nível local e numa ‘task force’ de saúde bem remunerada e bem equipada.
NR/HN/LUSA
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