Petição à Assembleia da República em “defesa” do hospital de Cantanhede

18 de Março 2023

A Liga de Amigos do Hospital de Cantanhede (LAHC) enviou, esta semana, uma petição à Assembleia da República em “defesa” do hospital da cidade, com mais de 2.200 assinaturas.

A Liga de Amigos do Hospital de Cantanhede (LAHC) considera que é fundamental manter a identidade e alargar as valências deste estabelecimento de saúde, mas receia que a sua preconizada integração no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra tenha efeitos contrários aos que julga necessários.

“É fundamental manter a identidade deste hospital enquanto hospital de proximidade, que serve as populações dos concelhos de Cantanhede, Mira e outros concelhos e freguesias limítrofes, sendo urgente a criação de uma resposta não programada à doença aguda, que permita o atendimento dos cidadãos a qualquer hora do dia, e eventualmente da noite, e evite a sua deslocação para Coimbra por situações de pouca gravidade”, lê-se na petição, a que a Lusa teve acesso.

No documento, a Liga entende que o hospital de Cantanhede – Hospital Arcebispo João Crisóstomo (HAJC) – deve alargar as especialidades da consulta externa, ter um internamento de medicina interna e ter uma resposta a doentes agudos, dando assim “resposta cabal às necessidades da população, extremamente envelhecida”.

Numa semana foram recolhidas mais de 2.200 assinaturas em defesa da manutenção de valências do HAJC, bem como da consulta de atendimento de agudos nesta unidade hospitalar do Serviço Nacional de Saúde (SNS), acrescenta.

“Plasma a crescente preocupação da população relativamente a este assunto que se revela tão importante para as pessoas que ao Hospital de Cantanhede se deslocam e dele dependem, seja pela rapidez no atendimento, seja pela proximidade dos serviços prestados […] Será uma grande perda para a população, quer de Cantanhede, quer das áreas limítrofes arriscar perder serviços como os exames realizados pelo hospital nos centros de saúde e nas instituições particulares de solidariedade social [IPSS]”, disse hoje à agência Lusa, a presidente da LAHC, Margarida Maia.

Margarida Maia reitera ainda a importância de um atendimento de agudos no hospital de Cantanhede, já que, “é o que se espera de um hospital – ter uma porta aberta para prestar cuidados a quem deles necessita”.

Com 142 páginas, a petição foi subscrita por 2.230 cidadãos que residem e/ou trabalham na região de Cantanhede, distrito de Coimbra.

LUSA/HN

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