Maternidade em pleno funcionamento no Santa Maria, diz ministro

7 de Julho 2023

O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, garantiu esta quinta-feira que, apesar da "conflitualidade indesejada" no serviço de obstetrícia do Hospital Santa Maria, em Lisboa, depois de a direção ter sido afastada, a maternidade está em pleno funcionamento.

“Tema essencial é garantir às pessoas que, apesar da conflitualidade que existe e é indesejada e indesejável, a maternidade está em funcionamento. As pessoas que necessitarem de lá recorrer podem”, afirmou Manuel Pizarro, quando questionado sobre o pedido feito pelos médicos para que interviesse na readmissão da direção então afastada.

O ministro, que falava aos jornalistas à margem da inauguração da Unidade de Saúde de Eixo, em Aveiro, afirmou apenas que quando a capacidade daquele serviço hospitalar “tiver excedida” o Ministério da Saúde tem, “felizmente”, um conjunto de acordos com hospitais públicos e privados na capital para que, “se em algum caso for necessário recorrer, isso acontecer com tranquilidade para as mães”.

“É essa a mensagem que quero transmitir: as senhoras grávidas que estejam tranquilas que os serviços estão a funcionar em pleno”, referiu, não comentando qual seria a mensagem a transmitir aos médicos do serviço de obstetrícia do Santa Maria.

Dezenas de médicos do Departamento de Obstetrícia, Ginecologia e Medicina da Reprodução (DOGMR) do Hospital Santa Maria pediram ao ministro da Saúde uma intervenção “pessoal, direta e urgente” para que a direção afastada seja readmitida.

Numa carta enviada na terça-feira ao ministro da Saúde, Manuel Pizarro, a que a Lusa teve acesso, os profissionais do Santa Maria consideram que os médicos Diogo Ayres de Campos (que era diretor do DOGMR) e Luísa Pinto (que dirigia o Serviço de Obstetrícia) “foram injustamente afastados das suas funções”.

Dizem que este apelo é uma tentativa de “repor a normalidade do funcionamento do departamento” e “evitar o seu desmoronamento”.

Perante uma situação que reconhecem ser “complexa e delicada”, manifestam preocupação relativamente a dois aspetos, que dizem ser “cruciais”, entre os quais a constituição de equipas de urgência para julho (comunicada no último dia do mês de junho, pelas 18:00) “claramente abaixo” do recomendado pelo colégio da especialidade da Obstetrícia e Ginecologia e de um hospital com um número de partos e um grau de diferenciação como o de Santa Maria.

LUSA/HN

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