Brasil volta a contabilizar mais de mil mortes em 24 horas desde 15 de setembro

1 de Outubro 2020

O Brasil voltou esta quinta-feira a registar mais de mil mortes em 24 horas (1.031) devido à Covid-19 e aproxima-se dos 144 mil óbitos (143.952) desde o início da pandemia, informou o executivo.

A última vez que o Governo brasileiro somou mais de mil vítimas mortais diárias devido ao novo coronavírus foi em 15 de setembro, quando o país contabilizou 1.113 óbitos.

De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde, 486 das 1.031 mortes ocorreram nos últimos três dias, mas só foram incorporadas nos dados de hoje, após confirmação da causa de óbito.

Em relação ao número de casos confirmados, o Brasil ultrapassou hoje os 4,8 milhões de infetados (4.810.935), sendo que 33.413 infeções ocorreram nas últimas 24 horas.

Por outro lado, um consórcio formado pela imprensa brasileira, que colabora na recolha de informações junto das secretarias de Saúde estaduais, indicou que o país somou 876 óbitos e 33.269 infetados nas últimas 24 horas.

No total, o consórcio constituído pelos principais media do Brasil revelou que o país contabiliza 4.813.586 casos e 143.886 vítimas mortais, desde o início da pandemia, registada no país em 26 de fevereiro.

As autoridades de Saúde do país sul-americano investigam ainda a eventual relação de 2.466 óbitos com a doença causada pelo novo coronavírus.

No total, 4.180.376 pacientes diagnosticados já recuperaram da doença no Brasil, país lusófono mais afetado pela pandemia, enquanto que 486.607 infetados estão sob acompanhamento médico.

São Paulo (985.628), Bahia (310.526), Minas Gerais (295.169) e Rio de Janeiro (264.783) são os estados que concentram o maior número de casos positivos da doença.

Já as unidades federativas com mais mortes são São Paulo (35.622), seguido pelo Rio de Janeiro (18.487), Ceará (8.994) e Pernambuco (8.251).

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) recomendou hoje que medidas de prevenção contra a Covid-19 sejam reforçadas em Manaus e no restante estado do Amazonas.

Numa nota técnica, a fundação observa a tendência de subida dos casos do novo coronavírus e afirma que a situação “é fortemente influenciada pelos registos associados a residentes de Manaus”.

“Em ambos os casos, esse crescimento ainda é relativamente lento, porém persistente, o que sugere a necessidade de reavaliação de eventuais medidas de flexibilização do distanciamento físico já adotadas ou planeadas para as próximas semanas”, defende o documento.

A instituição salienta que a situação é reversível, desde que medidas de proteção e isolamento voltem a ser cumpridas.

O pico da Covid-19 no Amazonas ocorreu entre os meses de abril e maio, quando os sistemas de saúde e funerário entraram em colapso na capital estadual, Manaus.

Uma investigação da Fiocruz indica que Manaus vive uma segunda vaga da doença e sugere ‘lockdown’ (bloqueio total de circulação de pessoas) para conter o avanço, medida já descartada pelo governo local.

Segundo os dados de hoje do Ministério da Saúde, o Amazonas totaliza 139.326 casos de infeção e 4.156 mortes.

A pandemia de Covid-19 já provocou mais de um milhão de mortos e mais de 33,7 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

LUSA/HN

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