PS diz que “a partir de hoje” ministra é “responsável por todos os prejuízos” nos cuidados de saúde

22 de Maio 2024

O PS acusou hoje o Governo PSD/CDS-PP de interromper a “reforma em curso” no Serviço Nacional de Saúde e considerou que “a partir de hoje” a ministra é responsável por “todos os prejuízos” nos cuidados de saúde

O deputado João Paulo Correia falava aos jornalistas na Assembleia da República após a audição do diretor demissionário da Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS), Fernando Araújo, que, segundo o socialista, “permitiu perceber que existe uma reforma em curso no SNS, com ganhos muito claros para a eficácia da gestão do sistema”.

“É preciso dizer que esta reforma, ao ser interrompida, causa instabilidade no SNS e representa um retrocesso. A partir de hoje a senhora ministra da Saúde é responsável por todos os prejuízos nos cuidados de saúde no nosso país”, defendeu.

João Paulo Correia acusou o executivo liderado por Luís Montenegro de “desinteresse em saber o balanço da reforma em curso”.

“Nunca esteve em causa a reforma nem o balanço da reforma, para a ministra esteve sempre em causa afastar o doutor Fernando Araújo e a direção executiva. Nunca esteve em causa saber os ganhos desta reforma, o que esteve em causa foi fazer ao doutor Fernando Araújo e à direção executiva o que já aconteceu noutras áreas governativas: uma estratégia de saneamentos políticos e afastar o doutor Fernando Araújo que foi escolhido pelo governo anterior”, argumentou.

O socialista disse ainda que “o silêncio” sobre o plano de emergência do executivo para a saúde, que o Governo prevê apresentar até junho, “é assustador”.

“A senhora ministra não vem ao parlamento, o PSD e governo escondem a senhora ministra da saúde do parlamento, virá em 15 dias a requerimento do PS, mas faltou ao debate agendado pelo PSD há duas semanas. Não conhecemos o que é que o PSD e o governo querem para o SNS”, criticou.

Sobre o novo diretor executivo do SNS, o médico António Gandra d’Almeida, o deputado não quis comentar.

Fernando Araújo demitiu-se do cargo em abril.

NR/HN/Lusa

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