Utentes exigem medidas do Governo para colmatar falta de médicos no hospital de Almada

19 de Junho 2024

 A Comissão de Utentes da Saúde do Concelho de Almada (CUSCA) exigiu ao Governo “medidas imediatas” para acabar com os encerramentos temporários dos serviços de urgência de obstetrícia e pediatria no Hospital Garcia de Orta (HGO), em Almada.

“O Governo, este Governo, tem de criar as condições para a resolução do problema da falta de profissionais de saúde, designadamente de médicos, para que os encerramentos temporários dos serviços de urgência de obstetrícia e pediatria do HGO não sejam uma solução definitiva”, disse à agência Lusa Luísa Ramos, da CUSCA.

“As preocupações da comissão de utentes aumentaram com a publicação do mapa das urgências, que indicia a continuidade dos encerramentos temporários, face à ausência de medidas concretas para resolver o problema da falta de médicos no Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, acrescentou.

Para Luísa Ramos, trata-se de uma “situação inaceitável”, que obriga os utentes a deslocarem-se dezenas de quilómetros e, quando são encaminhados para os hospitais de Lisboa, a sujeitarem-se aos frequentes constrangimentos do trânsito na ponte 25 de Abril.

A Comissão de Utentes da Saúde do Concelho de Almada adverte também para o habitual “aumento da procura do HGO durante a época de verão, o que poderá agravar ainda mais os constrangimentos na prestação de cuidados de saúde” no HGO.

De acordo com a estratégia definida pela direção executiva do SNS, os serviços de urgência de pediatria e obstetrícia na península de Setúbal são normalmente assegurados, de forma alternada, pelos hospitais públicos da região, em Almada, no Barreiro e em Setúbal.

LUSA/HN

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