O projeto é coordenado pelo Instituto de Tecnologia Química e Biológica (ITQB) António Xavier, em colaboração com a Faculdade de Ciências Médicas, ambos da UNL, e envolverá especialistas de várias instituições europeias.
Em declarações à Lusa, a investigadora do ITQB Sarela Garcia-Santamarina, que lidera a equipa, disse que estes dispositivos permitirão “estudar melhor as doenças e testar novos tratamentos de forma mais eficiente e adaptada à biologia humana”, reduzindo o recurso a testes com animais.
Sendo criados com células humanas, nomeadamente com as de doentes, os ‘órgãos-em-chip’ “podem ajudar a personalizar tratamentos” para cada doente, “avançando a medicina personalizada”, adiantou Sarela Garcia-Santamarina.
O foco do desenvolvimento e teste destes dispositivos miniaturizados será o estudo e tratamento de doenças crónicas, infeções hospitalares “e condições que envolvem interações entre o corpo e micróbios”.
Combinando vários dispositivos deste tipo, os cientistas “podem ainda criar um sistema ‘multi-órgão em chip’ para estudar as alterações funcionais, as interações e a comunicação entre diferentes órgãos”, de acordo com uma nota conjunta do ITQB e da Faculdade de Ciências Médicas da UNL.
O projeto é financiado em 1,5 milhões de euros pelo programa Horizonte Europa, que subsidia a ciência na União Europeia.
LUSA/HN
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