PCP/Santo Tirso revela profissionais de saúde inquietos pelo futuro do hospital

9 de Janeiro 2025

O PCP/Santo Tirso revelou hoje ter recebido relatos da administração do hospital local de que os profissionais de saúde estão inquietos perante a possibilidade da gestão passar para a União das Misericórdias, anunciada pelo primeiro-ministro em dezembro.

Em comunicado, o PCP informa que o deputado na Assembleia da República, Alfredo Maia, e o deputado municipal, João Ferreira, reuniram na segunda-feira com o Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde do Médio Ave, ficando a saber que a decisão do Governo “foi tomada à revelia da administração da ULS do Médio Ave e sem consulta aos trabalhadores, o que demonstra a habitual desconsideração do Governo pelos que sustentam o Serviço Nacional de Saúde”.

“Foram transmitidos relatos de inquietação dos profissionais de saúde que sentem ameaçados os seus postos de trabalho e condições laborais, com o risco de repetir-se o descalabro das anteriores entregas de hospitais públicos às misericórdias, que resultaram na destruição de dezenas de empregos”, descreve a nota de imprensa.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, anunciou em 12 de dezembro que a ministra da Saúde estava a trabalhar com algumas misericórdias, como as de São João da Madeira e de Santo Tirso, “para a transferência dos respetivos hospitais para as mãos das Misericórdias”.

“Foi igualmente transmitido que o Hospital Conde São Bento [de Santo Tirso], renovado por avultados investimentos públicos, incluindo cerca de quatro milhões numa nova unidade de saúde mental, é hoje capaz de ampliar a sua capacidade de internamento, [bem como] que não há qualquer incompatibilidade entre a manutenção da gestão pública e a implementação de novas valências anunciadas ou em estudo para este hospital, algumas das quais já existem”, acrescenta o comunicado.

Para os comunistas, “a proposta do Governo PSD/CDS-PP resume-se a uma tentativa descarada de privatizar serviços públicos, desviando recursos para o setor privado ou social, sem qualquer preocupação com os profissionais de saúde e a melhoria dos serviços prestados aos utentes”.

“O PCP reafirmou o seu compromisso na defesa da gestão pública do Hospital Conde São Bento, com o reforço de condições de trabalho, serviços, valências, renovação de equipamentos e o início de um processo conducente à construção de um novo edifício hospitalar, no que somos acompanhados pelos profissionais de saúde e utentes”, sublinha o partido.

A Lusa tentou ouvir também a administração do hospital, mas até ao momento não foi possível.

NR/HN/Lusa

 

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