No final de uma reunião com a CGTP, em Lisboa, Catarina Martins respondeu aos jornalistas que “não contesta a necessidade de medidas que previnam o aumento do contágio” uma vez que o “SNS está sob muita pressão”.
“Mas é também certo que nas regras que são implementadas agora, nem todas têm uma coerência muito óbvia e, portanto, temos algumas dúvidas”, assumiu.
Uma grande preocupação manifestada pela líder do BE foi o facto de, sabendo-se “a hora a que começa o recolher obrigatório, não se saiba quando é que chega o apoio àquele trabalhador que ficou sem rendimento por causa das regras de contenção da pandemia”.
“Nós pedimos a alguns setores de atividade que suspendam a sua atividade ou que paralisem em parte para preservar a saúde de todos. Assim como o fazemos, temos depois de os apoiar”, defendeu.
Em setores como a restauração, o turismo, a cultura ou o desporto, para Catarina Martins, é estranho que, “sabendo-se a hora do recolher obrigatório, não se saiba quando é que chega o apoio que é devido àquelas pessoas a quem se pediu para travarem a sua atividade em nome da saúde de todos”.
“A solidariedade tem de funcionar nas duas direções e se lhes é pedido sacrifício da sua atividade para preservar a saúde pública, é também preciso garantir-lhes os apoios necessários porque a paralisação da atividade tem custos enormíssimos”, apelou.
LUSA/HN
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