Idoso dado como morto no Hospital de Oliveira de Azeméis afinal está vivo

31 de Janeiro 2021

Uma troca de identidades no Hospital de Oliveira de Azeméis, no distrito de Aveiro, levou a que um paciente de 92 anos fosse dado erroneamente como morto e que lhe fosse mesmo feito o funeral, disse fonte familiar.

O nonagenário dado erroneamente como morto é de Milheirós de Poiares, Santa Maria da Feira, e estava internado no Hospital de Oliveira de Azeméis, uma das três unidades do Centro Hospitalar de Entre Douro e Vouga (CHEDV), com problemas respiratórios.

Em declarações à agência Lusa, o filho, Aureliano Vieira, disse que a família recebeu no dia 10 a informação de que o seu pai morrera por causas associadas à pandemia de covid-19.

“Como era por causa do covid-19, não permitiram que se fizesse o reconhecimento do corpo. Limitamo-nos a fazer o funeral, já no dia 12. Mais tarde, mandamos mesmo celebrar a missa do sétimo dia. Já hoje de manhã, vieram dizer-nos do hospital que o nosso pai estava vivo e pediram desculpas pelo erro”, indicou.

“E, felizmente, está vivo. Já confirmei”, acrescentou Aureliano Vieira, dizendo desconhecer ainda de quem é o corpo que o hospital presumia ser do seu pai.

Aureliano Vieira disse que não sabe ainda o que vai fazer. “Ainda estou atónito. Tenho de falar com outros familiares”.

Contactada pela agência Lusa, fonte autorizada do CHEDV confirmou a troca de identidades numa enfermaria da unidade de Oliveira de Azeméis e lamentou “profundamente” o sucedido.

A mesma fonte acrescentou que o próprio conselho de administração do Centro Hospitalar já entrou em contacto com as famílias.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.206.873 mortos resultantes de mais de 102 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 12.179 pessoas dos 711.081 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

LUSA/HN

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