“Amanhã [sexta-feira], vamos iniciar aqui uma experiência piloto, que é a nível de toda a Região Centro. É para tentarmos ver inconformidades e deficiências para que possamos, quando entrarmos em velocidade cruzeiro, termos praticamente as coisas todas buriladas”, disse hoje aos jornalistas o diretor do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Dão Lafões, António Cabrita Grade, no final de uma visita ao espaço.
Segundo o responsável, serão administradas no centro de vacinação do Pavilhão Multiusos de Viseu “200 vacinas para os utentes selecionados”.
“As 200 vacinas são só para a experiência piloto aqui em Viseu, com a USF [Unidade de Saúde Familiar] Lusitana”, explicou, acrescentando que nos restantes concelhos do ACES ainda não começará a vacinação das pessoas com mais de 80 anos.
Hoje à tarde, serão vacinados em Viseu 30 bombeiros voluntários e sapadores e outros tantos na próxima semana.
No total dos 14 concelhos do ACES Dão Lafões, serão vacinados 330 bombeiros esta semana e mais 320 na próxima, acrescentou.
“Será uma tarefa desenvolvida ao longo de duas semanas, em que iremos vacinar as listagens completas dos bombeiros das diversas corporações”, referiu Cabrita Grade.
O responsável explicou que, à semelhança de Viseu, todos os concelhos da área do ACES Dão Lafões terão centros de vacinação a funcionar e realçou a “disponibilidade do poder local” nesse sentido.
O presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques, explicou que “a opção foi a de centralizar num espaço todas as condições de segurança para que as pessoas se possam deslocar” e ser vacinadas.
“Tem havido uma preocupação do município: se é preciso fazer, faz-se e depois logo acertaremos contas com o Estado central”, frisou o autarca social-democrata, lembrando que o município já ultrapassou os três milhões de euros de custos com toda a operação relacionada com a Covid-19.
Apesar dos efeitos negativos da pandemia, Almeida Henriques salientou o facto de ter levado autarquias e instituições de saúde a trabalharem em conjunto e a ganharem aprendizagens para o que poderá vir a ser a descentralização de competências nesta área.
A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2.355.410 mortos no mundo, resultantes de mais de 107,3 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 14.885 pessoas dos 778.369 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Lusa/HN
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