Quantos são os anos de défice de médicos? São cinco anos? Então o sistema vai funcionar durante cinco anos. E não mais

Quantos são os anos de défice de médicos? São cinco anos? Então o sistema vai funcionar durante cinco anos. E não mais
Segundo Hugo Gamboa, especialista na área da Instrumentação e Engenharia da Computação da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, a Inteligência Artificial (IA) terá, num futuro próximo, um papel decisivo na área da Medicina. É por isso que considera que “a educação dos médicos precisa de ter uma noção mais clara sobre o potencial destas novas tecnologias”. Gamboa participa este sábado na Conferência Leading Innovation, Changing Lives, promovida pela MSD.
se não houver bem-estar dos profissionais de saúde, estes não poderão estar em condições ideais para tratar os doentes. O problema foi bem evidenciado durante a pandemia. Não que o fenómeno da exaustão profissional, da exaustão emocional, o chamado burnout, não existisse já, mas foi nesta fase um elemento mais percetível e menos ocultado
Neste Mês da Consciencialização para o Cancro do Fígado, o presidente da Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado (APEF), José Presa, deixou alertas importantes em entrevista ao HealthNews. Para os nossos leitores, a mensagem final foi “um apelo a que tenham uma vida saudável e, desse modo, evitem contrair doenças relacionadas com os seus maus hábitos (álcool, consumo excessivo de sal, gorduras saturadas, uso de drogas, não consultarem o seu médico assistente)”.
Ser raro, ou “excecionalmente raro”, não tem de ser sinónimo de solidão. A associação SER, que une este grupo, doentes sem diagnóstico e suas famílias e cuidadores, prova que há sempre alguém semelhante a nós que nos pode dar a mão.
A posição assumida pelo especialista em Cardiologia e ex-presidente da Sociedade Portuguesa de Hipertensão é suportada em evidências demonstradas no estudo “Chlorthalidone for Hypertension in Advanced Chronic Kidney Disease”, divulgado em dezembro de 2021 no The New England Journal of Medicine. Fernando Pinto afirma que se trata de dados “interessantes e muito importantes para a prática clínica” que devem servir para os médicos refletirem sobre o tratamento utilizado em doentes com hipertensão com doença renal crónica em fase avançada. “São doentes muito difíceis de tratar”, alerta.
A partir do diagnóstico ou do momento em que surge a suspeita de cancro da mama, as mulheres devem ter acesso a uma Via Verde que acelere todos os procedimentos subsequentes. Esta é uma das medidas defendida pelo Prof. Doutor Luís Costa, oncologista no Centro Hospitalar Lisboa Norte e coordenador do estudo “Católica H360º – Uma Visão Integrada do Cancro da Mama em Portugal”.
No dia em que apresentou a candidatura a bastonário da Ordem dos Médicos (OM), o especialista em ginecologia e obstetrícia Alexandre Valentim Lourenço disse ao HealthNews, na sede da instituição, o que é que o distingue dos demais candidatos.
A Vice-Presidente do Conselho Pedagógico da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL) e Coordenadora-Geral da 9ª Edição do Beyond MEd anunciou, em entrevista, à HealthNews os temas em destaque do próximo encontro entre especialistas, alunos e professores de Medicina. O evento organizado em parceria pelo Conselho Pedagógico da FMUL, Departamento de Educação Médica (DEM) da FMUL e a Associação de Estudantes da Faculdade de Medicina de Lisboa (AEFML) irá decorrer entre dia 2 e 4 de novembro.
No dia em que se celebra o Dia Mundial da Dor, o Médico de Medicina Geral e Familiar Hugo Cordeiro alerta que ainda “existem múltiplas barreiras” no tratamento da dor. O especialista explica a falta de articulação entre os diferentes profissionais e instituições de saúde dificulta o acesso aos cuidados de saúde dos doentes. Questionado sobre se há humanidade no tratamento da dor, o médico frisou que “o estabelecimento de uma relação de empatia, confiança e cordialidade permite ao clínico melhorar a capacidade do doente autogerir e compreender a sua dor”.
De acordo com a presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina do Viajante, a pandemia trouxe novos desafios a área da Medicina do Viajante. Em entrevista ao nosso jornal, Cândida Abreu destaca que as doenças infeciosas, o regresso às viagens e a vacinação são os temas que marcam a VI Reunião Científica “A medicina do viajante, atualizações e as novas realidades”.
“O carácter multidisciplinar do HPV Clinical Cases é uma enorme mais-valia. Neste evento, temos a oportunidade de nos integrarmos na diversidade de patologias relacionadas com o HPV e abordagens terapêuticas, o que nos permite uma visão mais holística da infeção por HPV”, disse ao HealthNews Bruno Jorge Pereira, Consultor em Urologia do Serviço de Urologia do IPO de Coimbra.
Não há uma responsabilidade clara sobre a condução do SNS que decorra da criação da DE-SNS. Sem ter a responsabilidade da atribuição de verbas e sem ter a condução da componente de recursos humanos, a DE-SNS fica sem dois instrumentos centrais para a resolução dos principais problemas que têm sido identificados no SNS.
No mês em que se assinala o Dia Mundial da Pessoa com Doença de Alzheimer, a Alzheimer Portugal lançou um manifesto “Pela Memória Futura” – uma nova forma de informar e fazer um pedido que não é novo, mas que se mantém urgente: o reconhecimento das demências como uma prioridade nacional. Nesta entrevista, a vice-presidente da associação, Maria do Rosário Zincke dos Reis, justificou a urgência do documento expondo a realidade das demências em Portugal.
Para a Joaquim Chaves Saúde, burocracia é uma preocupação a eliminar na luta contra o cancro. Nesse sentido, o Grupo criou o cargo de gestor do doente oncológico, estreado por Maria Duarte Cabral em meados de julho.
Nesta entrevista sobre colangite biliar primária, o presidente da Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado (APEF), José Presa, dirige-se a dois grupos com um só pedido: “Às nossas cidadãs desta faixa etária, que façam pelo menos uma vez a determinação da fosfatase alcalina
Em 2020 estima-se que tenham morrido no mundo mais de 627.000 pessoas só de malária. É certo que 95% destas mortes foram registadas em África, mas, de acordo com um recente artigo publicado no “The Telegraph”, as alterações climáticas vão aumentar a prevalência de doenças como a malária no hemisfério norte, nomeadamente na Europa.
Anabela Raimundo, assistente hospitalar de Medicina Interna, coordenadora de área estratégica do Centro de Simulação e responsável das consultas de risco cardiovascular e dislipidemias hereditárias do Hospital da Luz Lisboa.
Na opinião do candidato, as capacidades formativas deveriam ser uma “atividade profissionalizada” e, para todas as especialidades, estar “disponíveis online a todo o momento, com critérios, para tornar o processo muito mais transparente do que tem sido”, e “até para defender a própria Ordem quando é o Ministério da Saúde a tomar a decisão de cortar as vagas”.
O panorama ‘acinzentado’ da saúde mental a nível nacional é uma realidade que preocupa os especialistas. Segundo Henrique Prata Ribeiro, as doenças psiquiátricas representam “cerca de 16% da carga de doença”, lamentando, assim, que apenas seja atribuído 5% do investimento do SNS à saúde mental. Questionado sobre o aumento do consumo de antidepressivos em Portugal nos últimos três anos, o psiquiatra diz não estar preocupado, mas frisa que “esse consumo de antidepressivos poderia ser reduzido com estratégias ao nível dos cuidados de saúde primários”. Estima-se que 10% da população portuguesa sofra de depressão.
No dia 12 de novembro, o Hospital da Luz Lisboa receberá médicos de família interessados em atualizar conhecimentos e conhecer o seu Centro de Formação e Simulação, onde decorrerão sessões práticas, com casos clínicos e escape games, depois da formação em auditório sobre temas recorrentes nos cuidados de saúde primários.
De acordo com o especialista em Cardiologia do Centro Hospitalar Cova da Beira, o estudo Stronger Effect of Azilsartan on Reduction of Proteinuria Compared to Candesartan in Patients with CKD: A Randomized Crossover Trial, “é uma ‘luz ao fundo do túnel” no tratamento da doença renal crónica, “a doença mais difícil de controlar na hipertensão”. Para Manuel de Carvalho Rodrigues esta “luz” é deve ser o caminho a ser seguido pelos médicos.
“A psoríase não é só pele, é uma patologia verdadeiramente debilitante”, diz Bruno Duarte, do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central. O dermatologista deixa, no entanto, uma mensagem de esperança: “estamos numa era de verdadeira eficácia terapêutica e segurança no seu tratamento”.
Cristina Baixinho
A Associação Nacional de Síndrome do Intestino Curto defende a necessidade de existirem centros de referência em Portugal para o tratamento desta patologia. “Só graças ao facto de termos grandes médicos em Portugal é que se consegue superar o esgotamento e falta de formação e de apoio do Estado”, refere Anabela Gonçalves, presidente da Associação. “A pergunta essencial é: até quando?”
“Há cerca de três anos que me sinto bastante desacompanhado, que não tenho médico, equipa que se preocupe ou queira investir em mim”.
“Seria importante criar centros de referência com equipas multidisciplinares, até porque poderiam ajudar bastante no desenvolvimento de consensos para o acesso a novos fármacos”, defende a farmacêutica Filipa Cosme, coordenadora da Unidade de Farmácia Pediátrica do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte.
“Seria importante criar centros de referência com equipas multidisciplinares, até porque poderiam ajudar bastante no desenvolvimento de consensos para o acesso a novos fármacos”, defende a farmacêutica Filipa Cosme, coordenadora da Unidade de Farmácia Pediátrica do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte.
O objetivo principal deve ser a maximização da reabilitação intestinal, de modo que seja atingido todo o potencial funcional do intestino remanescente, refere o pediatra Ricardo Ferreira.
Pôr um fim ao “elitismo e conservadorismo” da Ordem dos Médicos é um dos objetivos assumidos pelo candidato Bruno Maia. O neurologista, que cresceu com “uma nova geração (..) que acredita que os cuidados de saúde têm que ser universais e de qualidade técnica”, deixa fortes críticas à forma como a casa de todos os médicos tem atuado nos últimos anos.
“Afirmar e Unir” a classe médica é um dos compromissos do candidato a bastonário, Rui Nunes. O médico especialista em otorrinolaringologia lamenta a imagem que está a ser transmitida aos portugueses, em que “passamos de ser uma profissão exemplar durante a pandemia, para os principais responsáveis por aquilo que o sistema de saúde tem de mal e pelas falhas de governação”.
De acordo com o candidato à liderança da Ordem dos Médicos, a Medicina mudou e o Serviço Nacional de Saúde ficou parado no tempo. Passados cinquenta anos, o SNS continua a funcionar “como se estivéssemos a trabalhar há 50 anos”, com a única diferença de que “gastamos mais dinheiro para fazer as mesmas coisas”.