Madrid, Paris, Londres e Roma tencionam tributar rapidamente gigantes digitais

18 de Junho 2020

Espanha, França, Reino Unido e Itália responderam hoje à retirada dos Estados Unidos da mesa de negociações da OCDE para estabelecer um imposto internacional para as grandes empresas digitais, reafirmando a vontade de impor rapidamente uma taxa a estas empresas.

Espanha, França, Reino Unido e Itália responderam hoje à retirada dos Estados Unidos da mesa de negociações da OCDE para estabelecer um imposto internacional para as grandes empresas digitais, reafirmando a vontade de impor rapidamente uma taxa a estas empresas.

O ministro francês da Economia, Bruno Le Maire, explicou hoje, numa entrevista à “France Inter”, que estes quatro países europeus responderam imediatamente à mensagem do Secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, na qual afirmou que “não querem continuar as negociações na OCDE [Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico] sobre a tributação digital”.

Nesta resposta, Madrid, Paris, Londres e Roma confirmam que querem “uma tributação justa dos gigantes digitais na OCDE o mais rapidamente possível”.

Le Maire considerou a retirada dos Estados Unidos da mesa de negociações “uma provocação”, em primeiro lugar porque estavam “a poucos centímetros de um acordo”, mas também devido ao tratamento dado a estes quatro países “aliados”, “ameaçando-os sistematicamente com sanções”.

O ministro francês afirmou que este ano, no seu país, os gigantes digitais terão de pagar impostos e que existem duas alternativas.

Ou se chega a um compromisso internacional, que é o que foi tentado na OCDE, ou França aplicará o seu próprio imposto nacional, que foi suspenso, mas não retirado, enquanto se aguarda o resultado dessas negociações multilaterais.

Le Maire garantiu que há muitos outros países que seguirão o mesmo caminho e justificou a relevância de tal taxa precisamente agora que “os gigantes digitais foram os únicos no mundo a ter colhido imensos benefícios com a crise da covid-19”.

Há meses que mais de 130 países e territórios debatem a fiscalidade da atividade digital para tributar as multinacionais onde têm os seus clientes, mesmo que não tenham uma presença física, com o objetivo de concluir um acordo antes do final de 2020.

 

NR/HN/Lusa

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