Em declarações à Lusa, o presidente da associação, Manuel Diogo, afirmou que, “em princípio, nenhuma escola em Angola tem condições de biossegurança para albergar alunos por estarem desprovidas de ‘kits’ de proteção e água potável”.
O reinício das aulas no segundo ciclo do ensino secundário em Angola está previsto para 13 de julho e para o primeiro ciclo do ensino primário em 27 de julho.
“A princípio em nenhuma escola a nível nacional tem condições para albergar os nossos filhos porque falta água potável nas mesmas, falta condições dignas aos professores e testagem em massa dos docentes e pessoal administrativo”, afirmou o responsável.
Para Manuel Diogo, que discorda da anulação do ano letivo, o reinício das aulas deve ter em conta o evoluir da pandemia no país, referindo que o mês de setembro seria o ideal para a salvaguarda da saúde dos alunos.
Segundo o responsável, o reinício das aulas deve ser antecedido pela desinfestação de todas as instituições escolares do país e testagem aos professores e funcionários das escolas, proposta que “até ao momento não tiveram aprovação das autoridades sanitárias”.
“Exigimos à ministra da Saúde, junto da equipa do Governo, que pelo menos desinfestassem todas as escolas e testassem os todos os professores e o pessoal administrativo, mas não tivemos nenhum aval positivo e isso inquieta-nos”, disse.
As aulas no ensino geral e universitário em Angola foram suspensas em março, antes do Presidente angolano, João Lourenço, declarar estado de emergência, que decorreu entre 27 de março e 25 de maio.
Angola, que vive desde 26 de maio situação de calamidade pública, conta com 315 casos positivos da Covid-19, sendo 201 ativos, 97 recuperados e 17 óbitos.
O decreto que determina situação de calamidade pública prevê o reinício da atividade no ensino superior e no segundo ciclo do ensino secundário a partir de 13 de julho embora “dependente da evolução da situação epidemiológica”.
De acordo ainda com o presidente da Associação Nacional de Pais e Encarregados de Educação angolana, todas as propostas dos associados foram apresentadas na quinta-feira durante um encontro com a ministra de Estado para a Área Social, Carolina Cerqueira.
LUSA/HN
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