As informações foram avançadas em conferência de imprensa, na cidade da Praia, pelo diretor nacional de Saúde, Artur Correia, indicando que o mais recente óbito é um homem de 60 anos e que estava internado no Hospital Agostinho Neto, na Praia.

No mesmo dia, o país registou mais 45 casos positivos de covid-19, a maioria na ilha de Santiago (37), distribuídos pelos concelhos da Praia (16), Santa Cruz (11), São Miguel (7), Santa Catarina (2) e Tarrafal (1), enquanto a ilha do Sal teve oito.

Com estes novos casos, o país passa a acumular 1.939 desde 19 de março, dos quais 912 pessoas consideradas recuperadas e 1.005 casos ativos.

No habitual encontro com a imprensa, Artur Correia voltou a pedir responsabilidade de todas as autoridades no combate ao vírus, tomando todas as “medidas em consequência” e assim fazer um “desconfinamento racional”.

“Estou convencido que neste momento a atitude da população em relação a medidas protetoras é superior do que quando começámos com a epidemia. É claro que depois do desconfinamento houve essa tendência das aglomerações, de pessoas desrespeitarem as regras de distanciamento social, mas paulatinamente as pessoas vão tomando consciência da responsabilidade que elas próprias têm nesta questão da prevenção e controlo da covid”, disse.

O diretor nacional de Saúde avançou ainda que o país realizou até agora 36.088 testes rápidos, tendo aumentado esse número desde quarta-feira, com a retoma das viagens interilhas, já que os testes negativos são exigidas à partida aos passageiros das ilhas de Santiago e do Sal, os dois principais focos da doença.

Do total de testes rápidos até agora realizados, a mesma fonte avançou que cerca de 20% dão resultado positivo, sendo que desses somente cerca de 2% é que são confirmados depois com o teste de virologia à covid-19.

No que diz respeito aos dados de hoje, o responsável sanitário informou que foram realizados 56 testes rápidos a passageiros da Praia, dois quais dois deram resultado positivo, e que foram realizado 84 na ilha do Sal, tendo 15 dado resultado positivo a anticorpos ao novo coronavírus.

Em África, há 14.399 mortos confirmados em mais de 664 mil infetados em 54 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.

Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, a Guiné Equatorial lidera em número de infeções e de mortos (2.350 casos e 51 mortos), apesar de ter revisto em baixa os casos após vários dias sem atualizações, seguida da Guiné-Bissau (1.927 casos e 26 mortos), Cabo Verde (1.939 casos e 19 mortos), Moçambique (1.402 casos e nove mortos), São Tomé e Príncipe (741 casos e 14 mortos) e Angola (607 infetados e 28 mortos).

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 590 mil mortos e infetou mais de 13,83 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

LUSA/HN