“Já houve testes a 41.745 pessoas, com 884 destes testes a serem feitos no dia 14, e dos 49 testes que deram positivo, 23 representam novos casos de moçambicanos que regressam da África do Sul e foram testados no posto fronteiriço de Ressano Garcia”, lê-se num comentário à evolução dos números da pandemia em Moçambique.
A análise, enviada aos investidores e a que a Lusa teve acesso, diz que “a maior partes destes moçambicanos são prisioneiros libertados das prisões sul-africanas, no seguimento da tentativa das autoridades de aliviarem as prisões sobrelotadas”.
No documento, os analistas da consultora detida pelos mesmos donos da agência de rating Fitch escrevem que “a despesa de Moçambique em saúde per capita é de 23,5 dólares, bastante mais baixa que a média de 83 dólares da África subsaariana”, o que significa, alertam, que “os sistemas de saúde não estão equipados com um número adequado de médicos, enfermeiros, camas de hospital e ventiladores para lidarem com a propagação generalizada da covid-19”.
África registou, nas últimas 24 horas, mais 247 mortes, totalizando 14.044 vítimas mortais devido à covid-19, em mais de 644 mil casos, segundo os dados mais recentes sobre a pandemia no continente.
De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), o número de infetados subiu na quinta-feira para 644.205, mais 18.503 que na quarta-feira, sendo o número de recuperados de 334.547, mais 17.812.
A África Austral contabiliza o maior número de casos (321.951) e regista 4.659 mortos, a grande maioria concentrada na África do Sul, o país com mais infetados e mais mortos em todo o continente, com 311.049 casos e 4.453 vítimas mortais.
Moçambique conta 1.330 infetados e nove mortos.
O primeiro caso de covid-19 em África surgiu no Egito a 14 de fevereiro e a Nigéria foi o primeiro país da África subsaariana a registar casos de infeção, a 28 de fevereiro.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 585 mil mortos e infetou mais de 13,6 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
NR/HN/LUSA
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