Segundo o decreto do Governo húngaro publicado na sexta-feira e que estipulou o alívio das restrições a partir da meia-noite de sábado, os artistas e técnicos estrangeiros que queiram entrar no país para participar em eventos culturais podem fazê-lo com dois testes negativos feitos em cinco dias e com pelo menos 48 horas de intervalo.
Já os cidadãos estrangeiros que pretendem assistir a eventos desportivos e culturais podem entrar na Hungria com o bilhete para o evento e um teste negativo feito em menos de três dias, mas sob a condição de, ao entrar no país, poderem ser submetidos a um novo teste.
No caso de viagens de negócios, os estrangeiros podem entrar no espaço húngaro sem limitações, desde que justifiquem com documentos o objetivo da sua viagem.
Paralelamente, aqueles que têm de atravessar as fronteiras para trabalhar são também uma exceção, desde que provenham de um raio máximo de 30 quilómetros e não permaneçam no país por mais de 24 horas.
Já as pessoas com um contrato de trabalho de mais de 30 dias e os cidadãos estrangeiros que estejam integrados em “grandes eventos desportivos, culturais e religiosos”, comboios militares ou viagens diplomáticas e oficiais também podem entrar em solo húngaro.
Além dos testes efetuados na Hungria, as alterações agora aplicadas preveem também que as autoridades nacionais passem a aceitar testes à covid-19 efetuados no espaço Schengen, bem como dos Estados Unidos da América e do Canadá.
A Comissão Europeia insurgiu-se logo que foram anunciadas restrições da Hungria à circulação nas fronteiras, ao sair em defesa da integridade do espaço Schengen e contra a discriminação dos cidadãos da União Europeia, exigindo que as restrições fossem retiradas.
No entanto, o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, refutou a censura de Bruxelas e avisou que, mais cedo ou mais tarde, todos os estados-membros irão fechar fronteiras para travar a pandemia.
As limitações à circulação pelas fronteiras da Hungria excluíam todos os cidadãos estrangeiros, à exceção de turistas provenientes do chamado Grupo de Visegrado – Polónia, Eslováquia e República Checa -, que podiam entrar no país apenas com um teste negativo.
A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 869.718 mortos e infetou mais de 26,3 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
LUSA/HN
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