Em conferência de imprensa na noite de hoje, o Ministério da Saúde brasileiro informou que o contrato da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) com o laboratório inglês Astrazeneca não será alterado.
“O contrato da Fiocruz e a Astrazeneca não sofrerá qualquer alteração. Além do memorando de entendimento, o acordo da encomenda tecnológica já foi assinado eletronicamente pela Astrazeneca, na Inglaterra, e pelo Brasil, através da Fiocruz. É muito cedo para fazer qualquer afirmação sobre falhas”, disse o secretário-executivo da tutela, Élcio Franco.
De acordo com o responsável, “é muito cedo para fazer qualquer afirmação sobre falhas”.
“O evento ocorrido é natural e precisa de ser investigado. A suspensão dos testes é um procedimento de segurança para que o evento adverso seja analisado e assim certificar a segurança e a efetividade da vacina”, acrescentou o secretário, frisando que o cronograma da vacina ainda é incerto, devido à suspensão dos testes.
A farmacêutica AstraZeneca suspendeu na terça-feira os testes da fase final da vacina que está a desenvolver contra a covid-19, em parceria com a Universidade de Oxford, após uma suspeita de reação adversa séria num participante do estudo.
A empresa frisou que se trata de “uma ação de rotina, que deve acontecer sempre que houver uma doença potencialmente inexplicada num dos ensaios, enquanto ela é investigada”, de forma a garantir que é mantida “a integridade dos ensaios”.
O Governo brasileiro já tinha acertado um protocolo de intenções que prevê a disponibilização de 30 milhões de doses dessa vacina até ao final do ano e está a concluir as negociações para o pagamento e assinatura de um acordo final que incluirá também a transferência de tecnologia para produção nacional, que deverá ser conduzida pela Fiocruz.
Élcio Franco disse ainda que o Ministério da Saúde acompanha o desenvolvimento de outras vacinas, mas detalhou se o executivo, liderado pelo Presidente, Jair Bolsonaro, pretende firmar novos contratos.
“O Brasil também está a acompanhar o desenvolvimento de outras vacinas (…). Faremos o que for melhor e mais seguro para o Brasil para que tenhamos uma vacina segura, eficaz e em quantidade e tempo oportuno para imunizar a nossa população”, salientou.
O país regista um total de 128.539 óbitos e 4.197.889 infetados desde o início da pandemia, informou hoje o executivo brasileiro.
A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 898.503 mortos e infetou mais de 27,6 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
LUSA/HN
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