No seu relatório económico trimestral publicado hoje, a entidade centra as suas previsões até 2022 na hipótese de uma recuperação gradual, para a qual projeta dois cenários que dependem da evolução dos surtos de covid-19 e das medidas de contenção, após um terceiro trimestre de 2020 para o qual calcula uma recuperação do PIB (Produto Interno Bruto) entre 13 e 16,6%.
No final de 2022, a entidade estima que o nível do PIB será cerca de dois pontos percentuais abaixo do nível de antes da crise no cenário um e ligeiramente mais, de 6 pontos abaixo, no cenário dois.
O primeiro cenário prevê o aparecimento de surtos da pandemia que exigiriam apenas medidas de contenção limitadas geográfica e sectorialmente, com maior impacto no lazer e na hotelaria, enquanto o segundo assume medidas mais drásticas, que afetariam mais atividades no setor dos serviços e limitariam o dinamismo do resto dos ramos produtivos.
No primeiro cenário, o PIB cairia 10,5% em 2020 e baixaria 12,6% no segundo cenário, em linha com os 11,6% projetados pela entidade no seu cenário central das previsões feitas em junho passado.
A recuperação no segundo semestre deste ano teria um efeito positivo no crescimento do PIB em 2021, atingindo 7,3% no cenário um e 4,1% no cenário dois, ambos abaixo dos 9,1% projetados em junho.
Nenhum dos dois cenários toma em consideração o efeito positivo “potencialmente relevante” no PIB dos fundos europeus, até 140 mil milhões de euros, previstos para Espanha, porque os pormenores da magnitude, destino e distribuição temporária destes recursos são desconhecidos.
NR/HN/LUSA
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