Brasil atinge 4,6 milhões de casos e aproxima-se dos 139 mil mortos

24 de Setembro 2020

O Brasil atingiu hoje 4,6 milhões de pessoas diagnosticadas com a covid-19 (4.624.885) e aproxima-se das 139 mil mortes (138.977), informou o Ministério da Saúde no seu boletim epidemiológico.

Desse total, 869 mortes e 33.281 infetados foram contabilizados nas últimas 24 horas, estando ainda a ser estudada uma possível relação de 2.422 óbitos com a covid-19.

Por outro lado, um consórcio formado pela imprensa brasileira, que colabora na recolha de informações junto das secretarias de Saúde estaduais, indicou que o país registou 906 óbitos e 32.445 infetados nas últimas 24 horas.

No total, o consórcio constituído pelos principais media do Brasil revelou que o país contabiliza 4.627.780 casos e 139.065 vítimas mortais, desde o início da pandemia, registada no país em 26 de fevereiro.

Ainda segundo o consórcio, a média do número de óbitos de hoje e dos seis dias anteriores é de 699, a menor dos últimos 13 dias.

Em território brasileiro, 3.992.886 de pacientes diagnosticados já recuperaram da doença causada pelo novo coronavírus, enquanto que 493.022 infetados estão sob acompanhamento médico, segundo as autoridades nacionais de Saúde.

No Brasil, país lusófono mais afetado pela pandemia, os estados que concentram o maior número de infeções são São Paulo (951.973), Bahia (299.415), Minas Gerais (276.314) e Rio de Janeiro (254.885).

No topo da lista de unidades federativas com mais mortes estão também São Paulo (34.492), seguido pelo Rio de Janeiro (17.911), Ceará (8.861) e Pernambuco (8.085).

O governador do estado de São Paulo, foco da pandemia no país, defendeu hoje a obrigatoriedade da vacina contra a covid-19 no Brasil.

“Há uma razão até prática e óbvia para isso. Diante de uma pandemia, (…) não faz sentido vacinar-se uns e não vacinar outros. Pessoas não vacinadas podem ser infetadas. E, sendo infetadas, podem transmitir o vírus da covid-19 e infelizmente podem falecer”, justificou o governador, João Doria, em entrevista ao canal CNN Brasil, contrariando a posição do Presidente, Jair Bolsonaro, que defende a não obrigatoriedade do imunizante.

Doria afirmou que “a vida é mais importante do que qualquer ideologia” e que a origem da vacina não deve ser um entrave para a imunização, independentemente de ser “inglesa, chinesa ou portuguesa”.

Após o Governo brasileiro ter aprovado, na terça-feira, um estudo da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para o regresso dos adeptos aos estádios, Doria anunciou também hoje que não autoriza a realização de jogos de futebol com a presença de público.

“Respeitamos a CBF, os diretores e aqueles que procuram valorizar as práticas desportivas, mas a nossa obrigação e o nosso dever é proteger a vida de todas as pessoas, incluindo treinadores, comissão técnica, jogadores, adeptos e todos os que estão no estado de São Paulo”, disse Doria, em conferência de imprensa.

“Aqui, não há pressão política, económica, partidária ou desportiva. Aqui, o foco é a proteção aos brasileiros que estão em São Paulo”, acrescentou o governador.

A percentagem de casos positivos do covid-19 nos testes que os jogadores devem fazer antes de cada jogo do Campeonato Brasileiro não chega a 2% (1,9%), informou hoje a CBF.

De acordo com esta entidade, dos 9.690 exames diagnósticos realizados oficialmente antes de todas as partidas do Campeonato Brasileiro da primeira, segunda e terceira divisões disputadas este ano, 182 tiveram resultado positivo.

A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 971.677 mortos e mais de 31,6 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

NR/HN/LUSA

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