Macron anuncia novo confinamento em França

28 de Outubro 2020

O Presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou hoje um novo confinamento à escala nacional em França, embora menos estrito que o imposto em março, para tentar travar a propagação da pandemia de covid-19.

Segundo Macron, que falava num discurso via televisão ao país, é necessária uma “travagem brutal nos contágios” para evitar o colapso dos hospitais.

O novo confinamento, que vigorará pelo menos até 01 de dezembro, começará sexta-feira, mas as escolas permanecerão, para já, abertas.

As novas medidas preveem o encerramento de bares e restaurantes durante o período do novo confinamento.

“Se nada for feito, haverá pelo menos 400.000 mortes suplementares” dentro de alguns meses em França”, afirmou Macron, salientando a necessidade de procurar a imunidade coletiva.

“Jamais a França deixará de adotar essa estratégia”, que significa a “classificação entre os pacientes”, os idosos enquanto principais vítimas da pandemia”, acrescentou Macron.

“Decidi que era necessário impor, a partir de sexta-feira, o confinamento que deteve o vírus. Todo o território nacional está em causa”, declarou o chefe de Estado francês.

O número de pacientes com a covid-19 internados em unidades de cuidados intensivos (UCI) ultrapassou hoje a barreira dos 3.000, nível inédito desde maio, segundo os mais recentes dados oficiais.

Desde terça-feira foram aí internados 372 novos pacientes, 127 hoje, subindo o total para 3.036. A França conta com cerca de 5.800 camas para urgências.

Na sua intervenção, Macron adiantou que as escolas vão manter-se abertas e que se irá generalizar o teletrabalho e as visitas a lares de idosos e centros de dependência estarão autorizadas.

“A fábricas, as explorações agrícolas e as obras públicas vão continuar a funcionar. A economia não pode parar nem afundar”, afirmou.

Entre os comércios e estabelecimentos “não essenciais” que serão encerrados estão os bares e restaurantes.

Macron destacou que as fronteiras interiores de França e o espaço aéreo continuarão abertos e, salvo exceção, as exteriores vão manter-se encerradas, embora os franceses no estrangeiro possam regressar ao país, garantindo ainda se serão feitos testes rápidos aos viajantes que cheguem ao país.

O executivo francês avaliará a cada 15 dias a evolução da epidemia e decidirá, se necessário, a aplicação de novas restrições ou, no caso de a situação melhorar, o levantamento de algumas medidas.

LUSA/HN

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