No dia em que o Reino Unido ultrapassou o milhão de casos de covid-19, o primeiro-ministro deu uma conferência de imprensa na qual confirmou que as restrições rigorosas à economia e à vida quotidiana começam na quinta-feira e durarão até 02 de dezembro.
Boris Johnson disse que “nenhum primeiro-ministro responsável” poderia ignorar os números negros da pandemia.
“Sem agirmos, poderemos ver as mortes neste país chegarem a vários milhares por dia”, afirmou o primeiro-ministro, que foi ele próprio hospitalizado no início da pandemia com um caso grave de covid-19.
Com as novas restrições, os bares e restaurantes só podem estar abertos para ‘take-away’, comércio não essencial deve encerrar e as pessoas só podem sair de casa por razões contidas numa pequena lista, na qual se inclui o exercício físico. Atividades que vão desde ir cortar o cabelo ou ir de férias para o estrangeiro ficam de novo canceladas.
Ao contrário do primeiro confinamento de três meses no Reino Unido, no início do ano, as escolas, universidades, empresas de construção e indústria continuarão a funcionar.
Boris Johnson tinha decretado um conjunto de restrições regionais no início de outubro, mas não foram suficientes. Consultores do Governo preveem que na atual trajetória do surto a procura de camas hospitalares excederá a capacidade até à primeira semana de dezembro, mesmo que os hospitais temporários criados no primeiro pico da pandemia sejam reabertos.
O Governo britânico anunciou hoje que foi ultrapassado o milhão de casos de covid-19, chegando-se a 1.1011.660 de pessoas contaminadas com o novo coronavírus desde o início da pandemia. Nas últimas 24 horas foram registados 21.915 novos casos.
O número total de óbitos com covid-19 é agora de 46.555 (326 nas últimas 24 horas), fazendo do Reino Unido o país mais enlutado da Europa, por causa da pandemia.
França e Alemanha também já apertaram as medidas de restrições, perante números preocupantes de novos casos de covid-19.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 45,6 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 2.507 pessoas dos 141.279 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
LUSA/HN
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