PSD critica Governo na nomeação da nova direção da ULS de Castelo Branco

17 de Novembro 2020

O PSD criticou esta terça-feira a demora do Governo na nomeação de dirigentes máximos de gestão de unidades de saúde, nomeadamente da Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, que está sem presidente do Conselho de Administração.

“É preciso entender que a escolha de um individuo não é maior que a Instituição em si e que o simples facto da ULS se encontrar esvaziada no que toca a uma estratégia de médio e longo prazo não traz benefícios a ninguém e os problemas que surgirão no futuro não se vão esgotar pós Covid-19”, refere, em comunicado, a Comissão Política Distrital do PSD Castelo Branco.

Os sociais-democratas sublinham que foi preciso chegar a novembro de 2020, ou seja 10 meses depois da saída do presidente do Conselho de Administração da ULS de castelo Branco, Vieira Pires, para o Conselho de Ministros abordar a questão da demora da nomeação dos dirigentes máximos de gestão de unidades de saúde, através do Decreto-Lei 94-A/2020 de 3 de dezembro.

O diploma reconhece a vantagem em garantir estabilidade à gestão e funcionamento dos serviços e estabelece “a possibilidade de os titulares dos órgãos máximos de gestão das unidades de saúde que integram o Serviço Nacional de Saúde, cujo mandato tenha cessado a 31 de dezembro de 2019, ou posteriormente, se possam manter em pleno exercício de funções até 31 de dezembro de 2021”.

Adianta ainda que esta medida “não prejudica a transparência na seleção dos dirigentes”, visto que os titulares “foram sujeitos a escrutínio público” da Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública.

“Obviamente, o enquadramento do Decreto-Lei não visa especificamente a situação provisória verificada na Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, embora esta unidade seja aquela que, em todo o país, há mais tempo se encontra numa situação de hiato na sua transição, mas, finalmente, traz um bocadinho de luz sobre uma situação caricata, várias vezes reportada (…) relativamente à falta de liderança durante este tempo de emergência pandémico”, lê-se na nota.

O PSD entende que a demora em assumir a escolha da liderança para a ULS de Castelo Branco reforçou os efeitos provisórios das decisões tomadas, “dando insegurança às populações”.

“Apenas esperamos que esta decisão tardia, sabe-se lá à espera de quê ou de quem, não se tenha traduzido num agudizar da crise sanitária no Distrito de Castelo Branco”, concluem.

Portugal contabiliza pelo menos 3.472 mortos associados à covid-19 em 225.672 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).

LUSA/HN

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