Em comunicado, a autarquia do distrito de Lisboa faz um ponto de situação relativamente aos lares do concelho, indicando também que no lar da Misericórdia de Alhandra já morreram 22 utentes, tal como revelado hoje à tarde à agência Lusa pela Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo.
Neste lar, segundo a Câmara, registam-se ainda 86 utentes e 30 trabalhadores infetados.
“A avaliação da Autoridade de Saúde Local é que, em ambos os casos, estão a ser cumpridas as regras de saúde pública estabelecidas, estando a ser devidamente acautelados, em cada uma das instituições, todos os cuidados dos utentes infetados e não infetados, assim como asseguradas as condições de trabalho aos respetivos trabalhadores”, afirma a autarquia, na mesma nota.
O município, presidido por Alberto Mesquita (PS), refere que os idosos infetados que permanecem neste lares têm vindo a ser permanentemente vigiados e que, sempre que se verificam maiores complicações do seu estado de saúde, são de imediato encaminhados ao hospital.
“Como é do conhecimento geral, a população residente nestas Estruturas Residenciais para Idosos é composta por pessoas de idade muito avançada, muitas vezes com patologias bastante graves, que infelizmente são agudizadas por um quadro de infeção pela covid-19, o que leva com frequência a um muito rápido agravamento da sua condição de saúde”, acrescenta.
No comunicado, a Câmara de Vila Franca de Xira deixa ainda uma mensagem de tranquilidade, sobretudo para a população de Alhandra, afirmando que o surto verificado no lar da Misericórdia “não representa um perigo ou um risco agravado de transmissão comunitária, na medida em que todos os casos positivos – utentes e trabalhadores – estão a cumprir o respetivo período de isolamento e estão a ser devidamente acompanhados pelas autoridades”.
“Esclarece-se também que os trabalhadores deste lar que permanecem ao serviço da instituição e de todos os utentes estão a cumprir escrupulosamente com todos os procedimentos de proteção e segurança, não constituindo por isso um risco de contágio”, assegura.
Portugal contabiliza pelo menos 3.762 mortos associados à covid-19 em 249.498 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).
O país está em estado de emergência desde 09 de novembro e até 23 de novembro, período durante o qual há recolher obrigatório nos concelhos de risco de contágio mais elevado e municípios vizinhos. A medida abrange 191 concelhos.
Durante a semana, o recolher obrigatório tem de ser respeitado entre as 23:00 e as 05:00, enquanto nos fins de semana a circulação está limitada entre as 13:00 de sábado e as 05:00 de domingo e entre as 13:00 de domingo e as 05:00 de segunda-feira.
LUSA/HN
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