Na sexta-feira passada registou-se na Alemanha um número máximo de casos: 23.648.
No domingo e na segunda-feira os valores são geralmente desfasados devido ao fim de semana sendo que neste período nem todos os estados federais comunicam os dados assim como os laboratórios realizam menos testes.
Segundo os dados do Instituto Robert Koch (RKI) atualizados hoje, o número total de casos no país é de 929.133 e de 14.112 mortos.
O RKI estima que 618.800 doentes recuperaram da doença e que atualmente existem 296.200 casos ativos.
Em todo o país, a incidência acumulada nos últimos sete dias situava-se [no domingo] em 140,7 casos por cada 100.000 habitantes.
O número de pacientes com covid-19 nas unidades de cuidados intensivos ascendia no domingo a 3.709, dos quais 2.132 (56%) recebem respiração assistida, de acordo com os dados da Associação Interdisciplinar Alemã de Cuidados Intensivos e Medicina de Urgência (DIVI, na sigla em alemão).
Atualmente, 21.294 camas em cuidados intensivos encontram-se ocupadas e 6.649 estão livres sendo a falta de pessoal hospitalar o principal problema.
O fator de reprodução (R) que leva em consideração as infeções num intervalo de sete dias (em relação aos sete dias anteriores) e que reflete a evolução dos contágios de 08 a 16 dias situa-se em 1,03 o que significa que cada cem infetados contagiam em média 103 pessoas.
O número de infeções diárias aumentou consideravelmente em outubro e no princípio do mês de novembro, mas os números parecem estar a estabilizar apesar do nível elevado e sem se verificar uma descida consolidada.
Deste modo, o governo federal e os estados federados admitem um endurecimento das medidas de combate à pandemia.
A chanceler Angela Merkel deu a entender no domingo que na próxima quarta-feira o governo federal e os estados federados vão anunciar o endurecimento das medidas restritivas por considerarem que as atuais medidas não alcançaram o objetivo desejado.
“É um facto de que não estamos onde gostaríamos de ter chegado com as restrições ao contacto. É evidente que temos de fazer ainda mais”, disse Merkel.
A chanceler alemã não avançou medidas concretas porque, afirmou, o objetivo é que os cidadãos recebam “uma resposta conjunta e consensual”.
Na semana passada, Merkel previa tomar novas medidas restritivas mas teve de enfrentar a resistência dos estados federais a quem compete a implementação das normas.
Da mesma forma expressou-se o ministro das Finanças, Olaf Scholz, assinalando que “apesar dos resultados visíveis as medidas ainda não são suficientes”.
“Todos têm a perceção de que tem de haver um prolongamento das medidas”, disse Scholz.
LUSA/HN
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